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03 May

A reconstrução da Damba

Publicado por Mbunga Mananga  - Etiquetas:  #Notícias da Damba

No início da luta para a libertação,em 1961.O povo da Damba,como o resto dos angolanos,sofreu muito a repressão colonial,por ter participado activamente na revolta de 15 de Março,as tropas portuguesas,para reconquistar utilizaram forças despropocionadas para esmagar a revolta,ajudada pela PIDE,os notáveis da Damba foram perseguidos e assassinados sem julgamentos,muitos dos quais não participaram na revolta como Nzenguele Mazina,que não se encontrava na Damba no momento da revolta,foi procurado e encontrado no caminho entre Sanza Pombo e Púri,onde foi fugilado públicamente em conjunto com o seu filho,Domingos.

Queimaram aldeias inteiras,mais de 70% das populações,abandonaram Damba,marcharam a pé mais de 200 km,nas matas,para encontrar refúgio no Congo.Era uma catástrofe humanitária,as autoridades colonial não se preocupavam pela sorte dessas populações,pelo contrário,ilustraram-se com o barbarismo que só se pode comparar com o nazismo,a força aérea portuguesa bombardeara populações refugiadas nas matas e outros no caminho para o refúgio no Congo.

Ainda mais,os portugueses civís,foram armados(milícias),para assassinar e violar populações indefesas.É assim,o povo da Damba na sua maioria,encontrou refúgio no Congo.Apesar de explorar as suas riquezas,os portugueses não desenvolveram Damba,em termos de infrastruturas básicas,como Negage ou Samba Cajú por exemplo.Água pótável e energia eléctrica era só para os portugueses.

Depois de 25 de Abril de 1974,a maioria parte da população regressou e sem esprerar as promessas do governo,meteu-se a reconstruir,que até em meados dos anos 80,Damba já tinha mínimas condições básicas.

Empresários como Daniel Malungo,Sebastião em Kazumbi,Miguel Kila,Moniz,Mpiokosso,Magalhãs,Les Jumeaux,Sebastião Ndinga,Fonseca,Kufuku,Toko,Sans Lois,Velho Sila,Afonso Dialamikua e sobretudo o dinámico João M. Nzenguele,contribuiram muito na economia local.

Mas no dia 17 de Fevereiro de 1987,desta vez tropas da UNITA,atacaram e destruiram o que os dambianos construiram pelo esforço próprio,obrigando-os
a emigrar mas uma vez.

Abandonada durante 18 anos,com a paz reencontrada,agora estamos assistir,com a contribuição do governo de Angola, a reconstrução da sede do município e a principal estrada internacional que a atraversa.Estrada tem duas faixas de rodagem de 3 metros de largura cada sentido e bermas de 1 metro de largura com placas de sinalização.

                                                                                                         Muana Damba


Estrada internacional que atraversa a sede de Damba na sua fase de terraplanagem(Imagem Daco)




                                                                                                                

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