Overblog
Edit post Seguir este blog Administration + Create my blog

Portal da Damba e da História do Kongo

Portal da Damba e da História do Kongo

Página de informação geral do Município da Damba e da história do Kongo


Uíge transformada em feira artística.

Publicado por Nkemo Sabay activado 10 Enero 2011, 14:15pm

Etiquetas: #Notícias do Uíge

Por António Capitão.

Ministra da Cultura mostrou-se satisfeita pela qualidade dos trabalhos expostos na feira

 

Fotografia: Manuel Distinto

Mais de 60 expositores, entre artesãos, oleiros, músicos, escritores e artistas plásticos transformaram, no sábado, Dia da Cultura Nacional, a Praça da Independência do Uíge na maior feira de produtos artísticos nacionais e de medicamentos tradicionais.


Os 64 agentes culturais expuseram aos visitantes o potencial cultural e a criatividade dos artistas da região.
A ministra da Cultura, que inaugurou a Feira de Arte e Cultura, mostrou-se bastante impressionada com os produtos expostos, particularmente com a máquina artesanal para o fabrico de adobes, material muito utilizado na construção de casas na regia, inventada por Afonso João. 


A máquina, feita à base de madeira e de alguns elementos metálicos, como rolamentos e placas de ferro, explicou o inventor, permite, em dez horas, produzir mil adobes.


"Esta é segunda máquina que fabrico, a primeira tem a capacidade de produzir seis adobes ao mesmo tempo", disse, adiantando: "Para a construir, levo quatro dias e vendo-as a cem mil kwanzas".
A veia de inventor não fica por aqui: "Há cerca de três anos construiu um aparelho de som com madeira e um ano depois uma motorizada com o mesmo material".


A máquina de fazer adobes foi considerada pela ministra "um dos dois momento mais elevados da exposição de arte e cultura no Uíge".


No acto da inauguração, Rosa Cruz e Silva realçou o talento dos artistas locais e defendeu a criação de mais espaços para poderem, de forma permanente, expor e vender os produtos.


"Estou satisfeita com o que foi aqui exposto, por demonstrar a criação dos nossos artistas", afirmou, considerando "sublime invenção da máquina artesanal para confeccionar adobes".


A ministra defendeu a necessidade de se identificarem mais espaços no país, onde os criadores angolanos possam desenvolver actividades e venderem o que fazem.

 
"É necessário criar de infra-estruturas acolher estas actividades. Vimos aqui uma viola sinfónica onde estão conectados um microfone, um rádio e dispositivos de sons, fabricados pelo mesmo elemento. Isto significa que temos grandes potencialidades e o Ministério deve criar condições para que apareçam mais criadores e inventores", acrescentou.
"A cultura está a trilhar um bom caminho. Agora é necessário encontrarmos espaços onde estes criadores possam desenvolver condignamente o trabalho", disse.
 
Artesanato e olaria
 
Os artesões apresentaram várias peças, como balaios, peneiras, alcofas, chocalhos, cestos, com realce para os inguiendos (cestos, do tipo mochila para levar carga às costas) fabricados à base de tiras de junco. Também havia mesas, cadeiras, bancos e pentes feitos com bordão e madeira.


As estatuetas e outros artigos de madeira representaram os hábitos e costumes das várias fracções culturais e tradicionais das populações da província. 


Representantes dos municípios da Damba, Quimbele, Milunga, Mucaba, Uíge e Bembe preencheram o espaço reservado a este sector.


As panelas de barro, muringues, jarros, cafeteiras e outros elementos para decoração, feitos de barro e argila, foram também expostas pelos oleiros locais e despertaram a atenção, incluindo da ministra, devido à fama atribuída a estes utensílios na confecção de iguarias.


A tapeçaria esteve, igualmente, representada, com esteiras, tapetes e outros elementos feitos com fibras de ramos de bordão.


O expositor Alberto Manuel Hata, do município de Quimbele, enalteceu a realização da feira, por lhe permitir expor e vender muitas das obras que se encontravam acumuladas em casa, devido a distância e o mau estado das estradas que impossibilitava a ida de turistas àquela região.


"Temos, neste local, mais uma oportunidade de mostrarmos o que sabemos fazer e podermos vender os produtos que, por falta de um espaço próprio para esta actividade ou devido à distância somos obrigados a armazená-los", disse.


Além de artesanato, olaria, artes plásticas, pinturas, tapeçarias e música, várias livrarias e editoras expuseram mais de três mil livros de carácter didáctico, científico, cultural e bibliográfico.

                                                                                                   J.A

Archivos

Ultimos Posts