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Portal da Damba e da História do Kongo

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Página de informação geral do Município da Damba e da história do Kongo


Segundo Município do Kongo dya Mpanzu: MPÊMBA

Publicado por Muana Damba activado 22 Abril 2013, 04:37am

Etiquetas: #História do Reino do Kongo

 

Por Patrício Cipriano Mampuya Batsikama


  

Batsikama

 

 

a) MBÂMBA: O Mbâmba do Mpêmba de Kôngo-dya-Mpânzu é composto por Kinkênge e Mazînga a Oeste, e bwênde, que é “cortado” pelo rio, incluindo o país de Kasi ou Mazînga ma Dôndoe o Manyânga a leste.

No século XVI os Mazînga são referenciados da seguinte forma: “para lá do reino de loango, estão as nações chamadas Anziques”; “esta terra, portanto, pela banda do mar do ocidente, confina com os povos de Ambus”.180 Assinalamos que o “Ambus” aqui refere-se às populações de Mpûmbu. No manuscrito 8080
(datado provavelmente do século XVII e localizado na biblioteca Nacional de lisboa) esse povo é referido como “Massinga”.

b) MPÊMBA: Este município compreende os seguintes territórios/povo: Ndîngi que é, de acordo com Dapper (apud Cuvelier), a zona limítrofe de lovango (lwângu),182 e buvidi183 a Oeste; o Kakôngo e o Nsânga a leste.

A crer nas descrições que António Cadornega fornece no terceiro tomo da sua História das guerras angolanas, essa parte do território constituia o local em que habitava o “rei de loango” que, nesse século XVII, era chamado de “Mulêmbo”.

 

NZAM
O topónimo Mulêmbo é sinónimo de Ma Ñlêmba, tendo a mesma raiz que Mani Mpêmba; sendo também sinónimo de Nsânga, Mulaza por distribuição de funções sociais. Este título indica o local e o tipo de autoridade a que se refere, assim: (1) depende sempre da escala administrativa. Isto é, se for sede de um município, será ele o Administrador não só do município de Mpêmba, mas também da toda província.

 

E se for do Mpêmba central, do país inteiro, como foi o caso de Mpêmba Kazi (Zita dya nza), o responsável deste Mpêmba Kazi será ao mesmo tempo o governador de Zita dya nza (Kôngo dya Ñtôtila) e o Mani Kôngo, rei de todo reino do Kôngo. Mais ou menos como se o actual governador da capital angolana, luanda, fosse ao mesmo tempo o Presidente da república de Angola. Era desnecessária a existência de um governador, que não fosse o rei, administrando na mesma circunscrição.


Nsânga era dividido pelo rio Mwânza186 sendo, de acordo com o povoamento, a comuna de lêmvo187 ou localidade dos balemvo no território de Kazangulu, que fazia parte dele. Na margem direita do rio Mwânza os habitantes de Nsânga são denominados balâdi, porque estabelecidos, na sua maioria, na bacia do rio lulâdi. Mas na realidade são basângi, isto é, cidadãos de Nsânga, «Mfumu za Nsânga», como se proclamaram a si mesmos. No Kakôngo desta comuna deveria se encontrar a capital do reino, logo depois da sua transferência a partir de Kôngo-dya-Mulaza, e é aqui que esta capital terá finalmente «emigrado» para o actual Mbânza-Kôngo (São Salvador). E tal como tivemos ocasião de observar e comentar, o Kakôngo também foi “cortado” em dois pelo mesmo rio tendo na margem esquerda as comunas de Kakôngo, Vûnda, Kinkûzu, etc.190 Além de bukâmba ou zona dos bakâmba e o Musuku, deveria encontrar-se o Kiyaka cujos habitantes «infestaient le Nord du fleuve»,191 escreve Monsenhor Jean Cuvelier citando Dapper.

c) NSÛNDI: No Nsundi do Mpêmba de Kôngo-dya-Mpânzu encontravam-se, a Oeste, os bairros de Dôndo e de lwângu, também chamados Ndâmba,e a leste aquelas de Nsûndi e Mbêmbe.

Na bacia do Alto-lwângu as populações Kôta, e algumas famílias Têke que lá habitavam, são geralmente chamadas de bandum, ainda que sejam também consideradas por seus vizinhos como ba-lwângu
(pela sua ocupação nas regiões banhadas pelo rio do mesmo nome).


Seriam, porém, duas localidades subsequentes: bandum (ba-Dôndo) e balwângu como “etnias”, na linguagem etnológica/etnográfica francesa. Ambas populações habitam as terras setentrionais de
Malâmba, historicamente conhecida como terra dos brama.

 

Segundo Município do Kongo dya Mpanzu: NSUNDI

 

a) MBÂMBA: O Mbâmba deste município compreende, a Oeste, o Mbâmba ou Mpâma e o Kuni ou Ngunu que se avizinha, na sua parte setentrional, aos países dos bwîsi e dos lûmbu; a leste, o Mpângala e o Kinkênge. 

 

b) MPÊMBA: a segunda zona territorial do Nsûndi de Kôngo-dya-Mpânzu é formada pelos bairros que se seguem: a Oeste, o bwisi e os bukôta (Kuta); a leste, o Kiyaka e o Nsânga. É nesta zona que se devia também encontrar os Nzabi.

O seu meio geográfico levaria então o nome de Kinzâmbi ou bunzâmbi que, segundo b. Söderberg, são as vezes confundidos com os Kuta e os Tsangi.

c) NSÛNDI: a última zona de Kôngo-dya-Mpânzu contém, a Oeste, o Ndôngo ou o país de Mondongues, e o Vûngu (bongo ou bûngu); a leste, o Mpûmbu ou Mbûndu.

 

Extratos do livro: A ORIGEM MERIDIONAL DO REINO DO KONGO

 

 


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