Manuel Pacavira recorda percurso

Dirigentes, responsáveis de base e militantes do MPLA no Uíge iniciaram ontem, na sala de conferências do Centro de Formação São João Calábria, o programa de formação política.

São no total 270 militantes que estão a receber conhecimentos sobre organização e funcionamento do partido, a História de Angola, História do MPLA, Programas e Estatutos, Socialismo Democrático, e sobre a Constituição da República de Angola.

O segundo secretário provincial do MPLA no Uíge, Janota Ginga, que abriu o curso, afirmou que o curso inclui formação política e ideológica dos quadros, em cumprimento ao Plano Operacional de Formação Política do Partido, aprovado em Maio, pelo bureau político.

“A formação política e ideológica dos quadros e militantes do MPLA é uma tarefa permanente do partido para potenciá-los de conhecimentos que lhes permitam responder com êxito aos desafios do futuro, como requisitos para avaliação e promoção dos quadros”, disse.

Janota Ginga referiu que são significativos os avanços registados na política de quadros, particularmente na província do Uíge. O estudo e o trabalho de cada um dos militantes do partido, afirmou, são de extrema importância para a elevação do seu nível de formação.

Silva Benjamim, chefe de secção para a política partidária, informou que o curso é administrado por 12 formadores da rede nacional e provincial e tem a duração de 20 horas. O objectivo é a concretização das linhas mestras da direcção central do partido.

Formação intensiva

O MPLA em Malange realiza, desde sexta-feira, um curso intensivo com a duração de sete dias, ministrado por formadores da Escola Nacional do Partido em Luanda. A formação aborda temas relacionados com a política e ideologia do partido, história do MPLA e de Angola e socialismo democrático.

O curso conta igualmente com a participação de militantes recém ingressados no MPLA, membros da JMPLA, OMA e outros dirigentes das organizações de base.

A oportunidade serviu igualmente para a entrega de certificados a nove militantes que frequentaram a formação de formadores na Escola Nacional em Luanda.

Ao intervir na cerimónia de abertura, o secretário provincial do MPLA para os Assuntos Políticos e Eleitorais, Lando David Pacheco, afirmou que o seu partido sempre encarou a formação de quadros como um imperativo para garantir a posição firme dos seus membros e prepará-los para a interpretação da linha política e ideológica.

Palestra sobre a fundação

O MPLA foi fundado com o objectivo de contribuir para a concretização das legítimas aspirações do povo angolano, entre elas a conquista da Independência Nacional, afirmou no Cuito o deputado Manuel Pedro Pacavira. 

Numa palestra, o político referiu que o seu partido “tem sabido corresponder às legítimas aspirações do povo angolano”. Manuel Pedro Pacavira disse que o partido deve adequar-se, a cada momento, às estratégias necessárias para contrariar a oposição e materializar o fundamento de que “o MPLA é o povo e o povo é o MPLA”.

Os jovens enquadrados na JMPLA e os novos militantes e simpatizantes devem saber a verdadeira história do partido. Para Manuel Pedro Pacavira, o MPLA, desde a sua fundação, primou pela luta contra as invasões estrangeiras, o “apartheid”, o regionalismo, racismo, tribalismo, desigualdades e injustiças sociais. E realçou o facto de, em muitos casos, os adversários do MPLA “não deixaram de promover campanhas para denegrir a imagem dos dirigentes e quadros do partido”.

Durante a visita ao Bié, o deputado e dirigente do MPLA deslocou-se à aldeia de Capolo, comuna da Chicala, 53 quilómetros a Sul do Cuito, onde esteve preso no tempo colonial.

                                                                                                              J.A