Quarenta nove mil e 350 famílias camponesas estão engajadas na época agrícola 2013/2014, na província do Uige, prevendo desbravar mais de 12 mil hectares de terras aráveis, informou hoje, à Angop, nesta cidade, director provincial da Agricultura e Desenvolvimento Rural no Uíge, Erik Lussoki.
Plantação de Café, uma das riquezas da província do Uíge. Foto: Angop
De acordo com o responsável, em relação ao ano passado, o número de camponeses engajadas na produção de diversos produtos do campo aumentou em pelo menos 0,75 porcento.
Erik Lussoki disse ainda que a empresa de mecanização agrícola (MECANAGRO) vai desbravaar, nesta época agrícola, 1.300 hectares de terras aráveis, e cada um dos municipios da província vai beneficiar um percapita de 100 hectares.
Instado a debruçar-se acerca de meios e inputs agrícolas, Erik Lussoki avançou que o sector beneficiou de instrumentos de trabalho como catanas e enxadas assim como de sementes de feijão, milho e arroz, embora em quantidades ainda insuficientes.
"Pensavamos ter uma campanha agrícola larga, mas infelizmente há certas pessoas que beneficiaram de tractores não querem coloca-los ao trabalho do campo, utilizando-os para transporte de inertes (pedras e areias) para fins comerciais", deplorou.
Quanto à praga (virose) que vem afectando a cultura de mandioca em certas áreas da província do Uíge, desde ano passado, o director provincial da Agricultura informou que o sector tem dois campos de reprodução de estacas de mandioca (em Sanza Pombo e Damba), para distribuir aos camponeses, aconselhando-lhes a não utilizar, teimosamente, as culturas afectadas.
O responsáavel aconselhou, igualmente, os camponeses a solicitar, sempre, a assistência tecnica do sector, pois, segundo afirmou, existem as EDA's implantadas na maioria dos 16 municipios da província, para o efeito.
Anunciou, igualmente, que estão em curso esforços do Governo para a revitalização da produção do café ao nível da região, o que passa pela mobilização dos jovens para seu engajamento no cultivo do bago vermelho, que já foi uma referência na economia da província e do país.
“O governo provincial do Uíge conseguiu um financiamento do PNUD para o relançamento da produção do café, disse Erik Lussoki, sem revelar o valor, (não revelou o montante)”, adiantando apenas que a primeira acção desse dinheiro vai consistir na formação dos produtores de café na próxima semana,com a realizaçãao de um seminário.
Informou que o financiamento contempla aquisição de vários tipos de meios, como descasques de café, que serão distribuidos a todas as zonas cafeícolas, o que constitui um ganho para a
província.
Reconhecu ainda que a revitalização do café na região passa, necessariamente, pela renovação das fazendas e a força de trabalho envelhicidas, daí a aposta do governo na sensibilização dos jovens para este tipo de actividade agrícolas.
Erik Lussoki revelou igualmente estar a decorrer outro projecto de fomento da produção de palmeiras na província, estando prevista a recepção de 300 mil sementes de dendês, fruto de um acordo assinado entre INCA e uma instituição financeira de Malásia.
O interlocutor da Angop realçou que vai ser montado um viveiro (alfobre) na ex-Fazenda Pumba Loge, municipio do Uige, com a capacidade para 50 mil mudas de palmeiras, por fase, num projecto que visa garantir a produção de óleo de palma na região, a longo prazo.
Angop