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Portal da Damba e da História do Kongo

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Página de informação geral do Município da Damba e da história do Kongo


Homenagem a Sam Luval

Publicado por Nkemo Sabay activado 6 Marzo 2010, 09:09am

Etiquetas: #Coisas e gentes da Damba



Há um ano, precisamente no dia 4 de Março de 2009, deixou a terra dos vivos, o senhor Sam Afonso Luval. Homem que conheciamos como Papa Sam ou Papa da Tity, nome da sua filha, quando nos princípios dos anos 80, vivia no prédio da Angoship em face da Estação ferroviária de Bungo, na baixa de Luanda. Jovem que era, desconhecia a dimensão do homem no que toca o jornalismo, o seu contributo em Angola tanto no Congo, onde ele era refugiado.

Sam Luval nasceu em Kisoba a Nanga, no então Concelho de Administração da Damba, em 1937. Fez os seus estudos primários na Damba antes de refugiar no Congo onde foi terminar os estudos secundários em 1955. Depois foi um educador, por pouco tempo, antes de se converter na profissão do jornalista. Assim trabalhou para os jornais tal como : "Le courrier d'Afrique", "Zaire Magazine", "Horizont 80" e "Elima".

Em 1967, foi o primeiro jornalista do Congo de Mobutu a deslocar-se, de maneira clandestina, ao Congo Brazzaville, para encontrar a representação do MPLA, depois seguiu para o" maquis " em Cabinda, onde realizou a histórica reportagem intitulada " 7 jour de Sam Luval dans le maquis du MPLA en Cabinda". Apartir desta reportagem histórica, a comunidade internacional estava informada da existência de uma outra resistência armada, dirigida pelo MPLA .Desmentindo, deste modo, as pretenções do GRAE do Holden Roberto,como o único movimento a combater no interior do país. Assim a repotagem do ilustre jornalista, metia em causa o reconhecimento do GRAE, um risco enorme para ele e para o jornal "Courrier d'Afrique" onde a materia teria sido publicada. Sam Luval sofreu a persecução pela parte da FNLA.

Com a independência do país tornou-se o primeiro correspondente da Angop no estrangeiro, antes de ser chamado em Angola em 1979, para ocupar o cargo do Direitor da Escola do Jornalismo em Luanda, nesta condição colaborou com o jornal de Angola. Durante uma década exerceu a sua profissão de formador e informador na sociedade angolana.

Anos depois foi nomeado adido da imprensa da embaixada angolana no congo. Abandonou a diplomacia para se ocupar de novo do jornalismo, desta vez, para além de ser correspondente da Angop nos dois Congos, foi também correspondente da Agência espanhola "EFE".

Foi o iniciador principal do projecto MMC "Muiti Media Congo" depois da tomada do poder de Kabila no Congo, o que constitui o dia de hoje, o sustento mediático do clan Kabila no Congo. Papa Sam ocupou o cargo do redactor em chef do famoso jornal Digital Congo cuja a sua página electrónica digitalcongo.net é a mais visitada na RDC.

Pela a sua morte, muitas personalidades no mundo da impressa como política ,renderam homenagem ao ícone do jornalismo: Angop, ministério da Relações Exteriores de Angola, O Digitalcongo do grupo congolês MMC, Casimiro Nsiona, afriquechos.ch do famoso jornalista angolano na Suiça, Jossart Muanza, Mputu Ndongala, adido da imprensa em Cuba, estes dois últimos foram seus discípulos, como muitos que hoje trabalham na imprensa em angola e no Congo RD.

Muana Damba rende-lhe homenagem,na ocasião do 1° aniversário da sua morte.

                                                                                                      Muana Damba



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O mais velho Sam Luval .                                                    (Foto afriquechos.ch)
 

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