Autoridade tradicional quer requalificação do sistema de distribuição de água potável.

A autoridade tradicional da localidade de Masselele, 45 quilómetros a nordeste da sede do município do Bembe, província do Uíge, Pedro Félix, solicitou hoje, segunda-feira, ao governo local, a requalificação do sistema de captação, tratamento e distribuição de água potável, construído em 1950.

Em declarações hoje à Angop, o regedor adjunto da localidade de Masselele disse que a água que jorra com grande pressão no sistema de gravidade numa distância de cerca de três quilómetros a norte da aldeia possui dois tanques com capacidade para cerca de três mil litros cúbicos.

“Devido a pressão que a água transporta, os velhos tubos da conduta deixados pelos portugueses já não suportam, acabando por rebentar, logo ficamos sem água, facto que nos preocupa bastante uma vez que ao redor da localidade não existe rio nem terras húmidas para abertura de poços”, lamentou.

Segundo disse, a falta de chafarizes, lavandarias e uma conduta em condições que possa facilitar a distribuição de água para os cerca de 362 habitantes na localidade constitui outra preocupação da população, visto que todos habitantes buscam a água no único poço onde terminou a conduta.

“Pedimos que o governo requalifique a conduta da água já existente e construa, pelo menos, seis chafarizes com mesmo número de lavandarias, para facilitar a vida das populações, visto que a localidade de Masselele não possui rios para a população acarretar a água para o consumo”, referiu, acrescentando que uma vez melhorado o sistema de distribuição de água vai minorar as dificuldades que os habitantes têm vindo a enfrentar.

Na ocasião o regedor encorajou os habitantes a primarem na produção agrícola, por forma a reduzir a fome no seio das famílias, acrescentando que, com o melhoramento das estradas da região, já não existem dificuldades para escoamento e comercialização dos produtos alimentares produzidos no campo.

Pedro Félix lembrou que na sua localidade existe uma associação de camponeses composta por 36 membros que produzem a mandioca, ginguba, batata-doce, banana, feijão e hortícolas, mas, augurou a necessidade de se criar mais associações de camponeses.

Lamentou ainda a falta de instrumentos de trabalhos agrícolas, máquinas de lavoura e alfaias, como sendo uma das dificuldades que tem vindo a contribuir na produção dos produtos alimentares.

A regedoria de Masselele composta por quatro bairros é habitada por cerca mil 779 pessoas maioritariamente camponesas.

Mortalidade materna infantil reduz significativamente no Bembe 

O índice de mortalidade materna infantil no município do Bembe, província do Uíge, reduziu significativamente nos últimos dias, fruto do aumento de parteiras tradicionais nas comunidades, enfermeiros nas diversas unidades sanitárias e a sensibilização das mulheres nas várias localidades da região sobre as medidas de prevenção.

A informação foi avançada hoje à Angop pelo director clínico do hospital municipal do Bembe, Batoba Mansiamina, quando fazia o balanço dos pacientes atendidos nas diversas unidades sanitárias do município durante o segundo trimestre do ano em curso.

Batoba Mansiamina disse que, durante os últimos três meses, as autoridades sanitárias da circunscrição registaram apenas um caso de morte materno infantil, acrescentando que a sensibilização da população sobre medidas de prevenção, a frequência das mulheres às consultas pré-natais, o uso de alimentação adequada a crianças, o aumento de técnicos capacitados nas unidades sanitárias e parteiras tradicionais nas comunidades estão na base dessa redução.

Apontou ainda a abertura de mais centros e postos de saúde com salas de partos nas comunas de Lucunga, Quimaria nas localidades de Totó, Vale do Loge e nas diversas regedorias, como sendo outras medidas de prevenção de vários casos.

“As parturientes são atendidas localmente sem grandes constrangimentos, uma vez que as unidades sanitárias possuem enfermeiros capacitados”, disse, acrescentando que os bebés ao nascerem nas diversas unidades hospitalares são vacinados contra poliomielite, BCG e mais outros cuidados médicos para evitar várias doenças neonatais.

Aconselhou as mulheres no sentido de afluírem as consultas pré-natais, com vista a garantir segurança na saúde dos bebés e as mães que têm feito partos em casas, tendo em conta o perigo daí decorrente.

                                                                                 Angop

Mais notícias: link