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Portal da Damba e da História do Kongo

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Página de informação geral do Município da Damba e da história do Kongo


António Onde chefiou a primeira revolta contra o regime colonial na Damba.

Publicado por Muana Damba activado 16 Marzo 2021, 19:26pm

Por Sebastião Muanza (Antigo administrador da Damba)
 
Estou a pensar daquilo que aparecia ser uma aventura, pois que, tudo começou na base duma comunicação aos 14 de Fevereiro de 1961, proveniente da Comuna Lukunga, Concelho do Bembe, a mando do Comandante de nome ILOLA, natural do Posto Administrative de Serra de Kanda, Mbanza Kongo.
 
A referida comunicação visava a concetração de todos homens, que na madrugada de 15 de Fevereiro de 1961, estaria na iminêcia o assalto ao Concelho Administrativo de Damba, visando matar e expulsar os Ndundos "brancos" do nosso solo pátrio. Todavia, a referida comunicação, partindo de Lukunga, no dia 14 de Março de 1961, tinha que circular de aldeias até Nsalambongi, pelo contrário, apenas atingiu até Nsala-Kunsonga, entregue ao Senhor Mpasi Sadisu, que não cumpriu a sua missão, eis a razão da surpresa dos das aldeias: Kikiula, Kimbala, Kimbunga, Yembu, Kaxitu, Kikambani enfim, até Nsala-a-Mbongi e que na base dessa desobediência, Mpasi Sadisu, foi decapitado.
 
Na madrugada de 15 de Fevereiro de 1961, em cheio todos autótenes, munidos de catanas, mocas escritas UPA, perfilados em direcção à vila da Damba, com Comandante António Onde, chegado recentemente da India, aonde cumpriu a tropa colonial e Cipaio do Concelho de Damba.
 
Na altura o Cabo Cipaio de Damba, era Mbengi, e como tal a canção da entrada na Damba, baseou-se nele,
 
Cantando:
 
"A Cabo Mpengui i vovele vo! A nfumu kakuizako, kuiza kwani kakuiza, kalukatikisi oko
Refrão
Nza iza a nza izazeleeee
Engwe nza inikukini
Enza izazele.
O Cabo Bengui disse que,
O chefe não virá,
Mas sim o chefe virá e,.
Não duvidem.
Refrão :
A terra, mexeu e,
Remexeu.
 
O Slogan era UPA maza, o que pressuopôe dizer que, as balas saidos dos canos das armas portuguesas e das bompas da aviąção portuguesa, transformariam em água.
 
Nessa conformidade algumas bombas mataram os autótenes e outros, na verdade caidas e tornavam-se em água, vistas e concretisadas.
 
Na entrada triunfar dentro da vila da Damba, um jovem corajoso mais conhecido Ponto, filho de Soba Kabata, regedoria Kianica Nsagui, tendo arreiado a bandeira portuguesa do manstro, e que foi morto num mestiço português à distância cerca de 4OO metros, recuperando a bandeira portuguesa. O mesmo Aleixo "Diabo como se denominou depois" tinha sido chamado em Portugal para ser homenageado.
 
Desse ataque à vila da Damba, apenas tinha morido o Padre Pedro João de Trieste. Dalí saimos desbaratados e montado o Posto estratégico na adeia Kimpelenda, 3km da Vila, aonde se planeou o ataque à Adeia Luzuanda, pois que, o Soba Lengo, tido como informador contra aos que visando derramar dos portugueses. Assim, depois formalizou-se ao em vez contra os portugueses já não, contra nós mesmos.
 
Do ataque contra Luzuanda de Soba Lengo, surpreendidos mas Soba Lengo, com os seus homens foi capaz de defender contra UPA.
 
Nessa madrugada, Soba Lengo no comando e seu genro Sebastião Kiniengu de Aldeia Kinsakala, há 5 km da vila da Damba, encontra-se recuado no Luzuanda, porque Aldeia Kinsakala estava concentrado no Kinteka de Regedor Kabiba.
 
Soba Lengo, coadjuvado com seu genro Sebastião Kiniengu, aguentaram, sim Sendo, Soba Lengo comandava e dizendo:
 
Nguenta Sebastião Kiniengu
Qui mi nguenteu, qui mi salveu,
Qui mi salveu, qui mi salveu, qui mi nguenteu.
Qui mi fica, qui mi fica
Qui mi fica qui mi salva
Qui foge qui mi more.
Nguenta Sebastião Kiniengu!!!
Saidos desorganisados.
No dia seguinte, houve bombardeamento intenso, destruiram o posto de Kimpelenda, desbaratados e rumo a RDC.
António Onde chefiou a primeira revolta contra o regime colonial na Damba.

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