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Portal da Damba e da História do Kongo

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Página de informação geral do Município da Damba e da história do Kongo


Acções concertadas reduzem mortes por malária

Publicado por Muana Damba activado 25 Octubre 2015, 14:14pm

Etiquetas: #Notícias do Uíge

Fotografia: Mavitidi Mulaza/Uíge
Fotografia: Mavitidi Mulaza/Uíge

Por Joaquim Júnior

A província do Uíge registou 168 mortes por paludismo de Janeiro a Junho deste ano, número ainda alto, mas muito abaixo dos 338 óbitos ocorridos no primeiro trimestre de 2014.

Em declarações ao Jornal de Angola, a supervisora do Programa de Controlo da Malária no Uíge, Carlota Changango, disse que a situação da doença na província está controlada.


A responsável referiu que as estatísticas apontam também uma redução do índice de contaminação da doença. No primeiro semestre de 2014, foram diagnosticados 75.486 casos e no mesmo período deste ano 67.005, dos quais 66.837 foram tratados com sucesso.


“Temos a situação da malária controlada, comparando os dados anteriores e actuais. Estamos em presença de um quadro que vai sendo invertido, fruto do reforço da capacidade preventiva e curativa disponibilizada pelo Ministério da Saúde através da sua Direcção Provincial e da participação de parceiros sociais”, disse.


Carlota Changango disse ainda que a província possui 304 unidades sanitáriase 22 laboratórios, que estão a contribuir em grande medida na microscopia para pesquisa do plasmódio, além do Teste de Diagnóstico Rápido disponível nas demais unidades sanitárias.


“Antes tratávamos o paludismo clinicamente por desconhecimento dos reais exames, mas agora, antes de qualquer tratamento, realizamos uma análise completa com suportes técnicos, os testes de diagnóstico rápido e a pesquisa laboratorial do plasmódio, o que está tornar o combate da doença cada vez mais eficaz”, referiu.

Luta antivectorial

Uma equipa de Luta Anti-Vectorial (LAV) funciona há algum tempo na província, onde desenvolve um programa do Ministério da Saúde que abrange as províncias do Uíge, Malanje, Huambo, Cuanza Norte e Zaíre, com o objectivo de analisar os tipos de insecticidas utilizados no tratamento dos mosquiteiros e dos criadeiros.


Os estudos feitos, segundo a técnica de saúde, determinaram que 100 por cento das composições químicas utilizadas para combater os insectos encontram-se em boas condições para o tratamento dos mosquiteiros e criadeiros de mosquitos adultos, como é o caso da Deltametrina, Bendiocarb e Damilaciotrina, todos com resultados positivos na sua utilização.


A equipa de LAV, sublinhou Carlota Changango, depois de terminados os estudos realizados, começou a aplicação prática dos insecticidas e realiza campanhas periódicas de pulverização, sobretudo nas comunidades mais afectadas no município sede da província, por figurar nas estatísticas como a região com maior número de casos.


“A equipa de Luta Anti-Vectorial na província tem realizado trabalhos de desinfestação das casas, tratamento dos charcos e pântanos. Temos muitos criadeiros na província, sobretudo na capital”, referiu.

Campanhas de bloqueio

A supervisora provincial do Programa de Controlo da Malária no Uíge disse ainda que, durante primeiro semestre do presente ano, equipas integradas efectuaram acções de supervisão e bloqueio da contaminação da doença, através de palestras de sensibilização, testes, tratamento e distribuição de mosquiteiros, nas localidades de Matuta, Quica e bairro Caquiuia, no município sede da província, apontadas no princípio do ano como as principais origens dos pacientes com malária registado no Hospital Geral do Uíge. Carlota Changango revelou que em 183 consultas realizadas na aldeia Matuta, resultaram 180 crianças com paludismo positivos. No Kica, dos 162 exames, 68 dera positivo. Estes dados “indicam a gravidade da situação que estas localidades viviam. Detectamos também que existiam criadeiros permanentes dentro das duas aldeias”, disse a especialista. A equipas do programa procederam à distribuição de mosquiteiros, fumigação das residências, tratamento de charcos sensibilização dos moradores sobre as medidas de prevenção da doença.


Carlota Changango destacou o trabalho realizado pela organização não-governamental Iniciativa Mentor, que, em parceria com a LAV, capacitou em um ano 425 técnicos de enfermagem e supervisores para as unidades sanitárias sobre o manuseio de casos de malária.

Contribuição dos Parceiros

“Para uma boa gestão dos casos de malária, precisamos de recursos humanos devidamente capacitados. Neste momento, temos 85 por cento dos técnicos capacitados no manuseio de casos de malária, desde a gestão, testes, tratamentos, estatística e revisão da situação epidemiológica da província”, ressaltou.


A época chuvosa é tida pelos técnicos de saúde como o período de maior reprodução dos mosquitos adultos causadores da malária. Para este período, que já começou, a supervisora anunciou a distribuição de mais de 700 mil mosquiteiros nos 16 municípios da província, com a ajuda da ONG (PSI) População Internacional da Saúde. “Para baixarmos cada vez mais o índice de prevalência da malária na província, temos de desenvolver várias actividades conjuntas, temos de identificar os locais onde o mosquito adulto se reproduz, eliminar os focos, depois tratar a população e sensibilizá-la a procurar os serviços de saúde sempre que alguém apresente sintomas da doença”, afirmou.


Campanhas de esclarecimento nas escolas, igrejas e aldeias sobre as medidas de prevenção da malária, como o uso correcto dos mosquiteiros, a manutenção da higiene caseira e a procura atempada dos serviços de saúde são algumas das actividades que a supervisão vai desenvolver, além de continuar a trabalhar com a LAV na fumigação inter-domiciliar com insecticidas. Para o êxito destas acções, Carlota Changango pediu a colaboração das comunidades.

Via JA

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