
Wiza é um dos músicos da nova geração que aposta nos estilos musicais africanos
Fotografia: Dombele Bernardo
O cantor Wiza, que se tem notabilizado no cenário musical nacional, ao cantar Kilapanga, estilo genuinamente angolano, vai, a partir de Julho, retornar aos estúdios para gravar o seu quarto disco
da carreira ainda sob a gerência da editora Maianga Produções.
Segundo adiantou o artista, durante uma entrevista concedida segunda-feira à Angop, a obra vai reunir canções inéditas de sua autoria, não prevendo participações especiais até ao
momento.
O disco, de acordo com o compositor e intérprete, será gravado em Angola com produtor ainda por definir.
“A escolha dos músicos e produtores que vão trabalhar comigo nesta obra ainda está em discussão com a minha editora, pois pretendemos dar sequência a vertente rítmica dos discos anteriores”,
afirmou o cantor.
Wiza garantiu, no entanto, que durante os três anos que esteve sem gravar aproveitou para fazer uma introspecção aos conteúdos das músicas e chegar à conclusão que as consideradas “tradicionais”
são muito bem consumidas no interior do país. A falta de promoção é que faz parecer o contrário - disse. Outra garantia dada pelo artista é a publicação da obra até ao final do ano, com venda e
sessão de autógrafos em vários pontos do país.
Wiza, de 35 anos, nasceu na província do Uíge e veio com a sua mãe a Luanda, em 1984, devido à guerra. Apesar de perder grande parte dos bens materiais que possuía, trouxe consigo as recordações
da terra natal.
Começou a carreira em Luanda, em 1990, onde participou em vários festivais infantis. Em 1997 é convidado a integrar a banda musical “Vozes Negras”, onde participa na gravação do primeiro disco do
grupo editado pela “Grafity”. Quatro anos depois é convidado pelo músico e produtor João Alexandre para gravar o “Kytsona”, primeiro disco da carreira do artista. Em 2004, pelas mãos do produtor
brasileiro Reinaldo Maia, nasce o seu segundo trabalho intitulado “África Yaya”, editado pela “Maianga Produções”.
O terceiro disco, intitulado “Bacongo”, surge em 2008 sob a chancela da Maianga Produções.
J.A