Violação dos direitos humanos no Uíge: Administrador de Maquela do Zombo desdramatiza.
O Administrador municipal de Maquela do Zombo, Benje Mouco, negou os relatos que circulavam na
província do Uíge, segundo os quais, a polícia Guarda Fronteira e os Serviços de Emigração de Estrangeiros, teriam espancado congoleses que tentavam entrar no território angolano a partir do
posto fronteiriço de Quimbata.
Em declarações exclusivas ao Novo Jornal, o administrador adiantou que na área sob sua jurisdição, não
há relatos do género, explicando ainda que, os serviços ligados à protecção da fronteira têm feito trabalhos como manda a regra.
“Não corresponde à verdade essas informações”, explicou Benje Moco desafiando quem quer que seja, poderá deslocar-se ao município para constatar a realidade. Algumas personalidades ligadas aos
direitos humanos na província lançaram relatos alegando haver violações sistemáticas dos direitos humanos.E que as pessoas que estavam a ser deportadas por atravessar ilegalmente a fronteira,
terão acusado o elementos das forças de segurança angolanas de serem muito “ruins e desumanos”.
Administração muinicipal do Zombo
A Polícia de Guarda Fronteira na província tem a responsabilidade de controlar e fiscalizar 442 quilóme-
tros de fronteira com a República Democrática do Congo, sendo 175 quilómetros terrestre e 267 quilómetros fluvial, o que obriga ao redobrar de tácticas operativas.
Os destacamentos fixos de guarnição fronteiriça das aldeias Malele, Beu Fiscal, Tady, Kituma, Fuma, Mukembe Longo e Kimbuanji, na província do Uíge deverão ser transformados em Postos de Guarda
Fronteira, apurou o Novo Jornal.
Falta de cobertura facilita a entrada A província do Uíge tem sido alvo preferencial de estrangeiros para a entrada ilegal no país. Na semana passada, o Governador Provincial do Uíge, Paulo
Pombolo, garantiu que o Executivo local reforçou as medidas de segurança ao longo da fronteira da RDC para evi-
tar o fluxo de imigrantes ilegais na região.
“As fronteiras territoriais do Uíge têm sido sistematicamente violadas por cidadãos estrangeiros que en-
tram nesta província sem observância de medidas migratórias. Estamos a reforçar medidas de segurança”, garantiu Paulo Pombolo.
O governante destacou os esforços que a polícia fronteiriça, as Forças Armadas Angolanas e os Serviços de Emigração e Estrangeiros têm feito para conter os estrangeiros. De acordo com o
governador, estes cidadãos são maioritariamente oriundos da RDC e atravessam de um lado para o outro por falta de uma
cobertura total da fronteira e, consequentemente, da falta de abertura de mais postos.
“Neste momento, o fluxo de estrangeiros que violam sistematicamente as nossas fronteiras resulta da falta de cobertura e de mais postos fronteiriços para, então, facilitar a travessia dos
cidadãos de ambos os lados. A nossa polícia está a tomar medidas”, frisou.
O grau de imigração ilegal verificado ao nível da província, com o afluxo de cidadãos estrangeiros da RDC, e não só, com o objectivo de se fixarem na província e em outras localidades do país,
com maior preferência para a capital, Luanda, está relacionado com a fraca cobertura da fronteira, que permite entrar e sair com facilidade.
Fonte: Novo Jornal