Universidade Kimpa Vita aposta na expansão de projectos sociais e económicos

A informação foi avançada hoje, sexta-feira, pelo reitor da Universidade Kimpa Vita, Carlos Diacanamwa, quando dissertava na palestra sob o tema “o ensino superior na região, projectos e metas
para sua melhoria”, no âmbito da preparação psicológica, intelectual, social, económica e cultural dos jovens que vão participar na 11ª edição do CANFEU, que decorrerá de 25 de Fevereiro a 3 de
Março na província do Zaire.
Carlos Diacanamwa anunciou que constam entre os projectos a construção de mini hídricas em nove municípios da Sétima Região Académica, criação de centros de investigação de saúde
humanitária, construção do jardim botânico e a implementação da fazenda experimental, no município de Negage.
O reitor apontou como desafios da universidade a criação de núcleos universitários e escolas superiores técnicas nos municípios de Maquela do Zombo, Sanza Pombo, Damba e Quitexe, província do
Uíge, bem como nos municípios do Dondo, Golungo Alto e Camabatela, província do Kwanza Norte.
A implementação de um curso agro-negócios, empreendedorismo e o projecto modelo pedagógico integrado profissionalizante merecerão maior atenção para a sua concretização.
“O modelo pedagógico integrado profissionalizante visa fundamentalmente garantir que os quadros formados concluam a licenciatura com experiências profissionais adequadas que permitirá a sua
inserção rápida no mercado de trabalho. O modelo prevê ainda que no primeiro ano o estudante seja formado em 80 porcento de teoria e 20 porcento em prática, enquanto no segundo ano 50 porcento
para teoria e 50 para prática. Já no terceiro ano académico o estudante beneficiará de 80 porcento de prática e 20 para a teoria”, disse.
Carlos Diacanamwa lembrou que se prevê também a construção de um lar devidamente equipado com capacidade para albergar 94 estudantes, um refeitório, uma sala de estudos, sala de jogos, cyber
café, campo multiuso, ginásio, dois campos de basquetebol, campo de futebol 11, serviços de abastecimento de água potável a toda comunidade académica e um hospital geral afecta a UNIKIVI.
Segundo o reitor, se pretende tornar os serviços da universidade inovadores, de aproximação com a comunidade, facilitar a permanência de quadros na região de acordo com a especificidade das
províncias do Uíge e Kwanza Norte, bem como formar quadros com habilidades de investigar e prestar serviços à comunidade, assumir compromissos adequados com a democracia, justiça económica e
social.
Carlos Diacanamwa referiu que o ensino superior na Sétima Região Académica está completamente diferente e evoluído em relação ao passado, visto que novas infra-estruturas foram construídas na
região com capacidade para albergar seis a oito mil estudantes.
Para o presente ano, disse, estão disponíveis mil 570 vagas nos diversos cursos, sobretudo o de direito, economia, agronomia, enfermagem, contabilidade, informática, análises clínicas e
administração pública.
A formação dos estudantes será assegurada por 120 docentes, entre associados, auxiliares, assistentes e assistentes estagiários, sendo que 15 docentes estão a frequentar os cursos de mestrados e
três para o doutoramento nas diferentes especialidades, cuja formação decorre dentro e no exterior do país.
O académico disse ser notório e satisfatório o progresso e a participação de jovens provenientes dos diversos municípios das províncias de Uíge, Kwanza Norte e na capital do país, Luanda, para
frequentarem o ensino superior na Universidade Kimpa Vita.
Por seu turno o primeiro secretário provincial da JMPLA no Uíge, Garcia Pedro Zó, enalteceu os projectos, por serem acções que trarão benefícios aos estudantes, docentes e população.
Garcia Pedro Zó referiu que a palestra reforçou a bagagem de conhecimentos dos estudantes que vão representar a realidade do desenvolvimento da província do Uíge durante a sua estada no Campo
Nacional de Férias dos Estudantes Universitários.
Angop