Sector da Saúde de Damba necessita de especialistas.
Por Walter Gomes
Aspecto actual da vila da Damba com asfalto ( foto de J.A)
A falta de três médicos especialistas em oftalmologia e ortopedia e de técnicos de laboratório está a criar sérias dificuldades ao funcionamento das unidades sanitárias do município da Damba, província do Uíge, disse ontem ao Jornal de Angola o chefe da repartição municipal de Saúde.
Lumueno Filipe disse que, além da necessidade do reforço de médicos e técnicos de laboratórios, a localidade necessita de mais 35 enfermeiros e parteiras, para que possam dar resposta à grande
procura. O sector é assegurado por 63 enfermeiros, insuficientes para darem resposta às necessidades. A intenção, explicou, é pôr um médico em cada uma das comunas.
“Actualmente, trabalhamos com apenas um enfermeiro em cada posto de saúde, facto que tem vindo a motivar as enchentes que se verificam nas unidades sanitárias locais. Aliás, por essa razão, os
técnicos de saúde trabalham mais do que deviam”, realçou.
Desde o alcance da paz, em 2002, o município da Damba beneficiou de um hospital municipal de referência, 14 postos de saúde e residências para albergar enfermeiros e médicos, nas diversas
localidades que compõem o município.
Os investimentos feitos contribuíram para a melhoria do atendimento à população local, que anteriormente era obrigada a percorrer centenas de quilómetros para ter assistência médica e
medicamentosa. As infra-estruturas sanitárias existentes no município da Damba, segundo o chefe da repartição municipal de saúde, foram construídas no âmbito dos Programas de Investimentos
Públicos, Desenvolvimento Rural e Combate à Pobreza.
Apesar da melhoria já alcançada no sector, a repartição municipal, em colaboração com a administração municipal, está apostada em alargar e aproximar os serviços de saúde das comunidades.
O chefe da repartição municipal de saúde, Lumueno Filipe, lembrou que no município estão a ser construídos quatro novos postos de saúde e a ser reabilitados outros que não oferecem condições para
uma prestação de serviços de qualidade, sobretudo nas comunas de Mpete Nkusso e Lêmbua e nas localidades de Quimbunga Pedro, Madimba e Mbemba Cazumbi.
As patologias mais frequentes na região são as doenças respiratórias agudas, malária, sistossoma mansoni, fístulas obstétricas e diabetes.
Localizado a 197 quilómetros à Norte da cidade do Uíge, o município da Damba possui uma extensão territorial de cerca de 17.920 quilómetros quadrados. Possui quatro comunas – Nsosso, Nkama
Ntambo, Mpete Nkusso e Lêmbua – 37 regedorias e 270 aldeias.
J.A