Patrício Batsîkama lança livro sobre Reino do "Kôngo"
Luanda – “O Reino do Kôngo e a sua Origem Meridional” é o título do livro de cariz científico, do escritor angolano Patrício Batsîkama, a ser lançado sexta-feira, em
Luanda.
Editada pela Universidade Editora, a obra contêm 329 páginas e está composta por sete capítulos: Estruturas e Instituições do Kôngo, Será!Kung Origem do Kôngo?, As origens do Kôngo e a
Arqueologia, Origem do Reino do Kôngo Segundo os dados Religiosos, As Origens de Acordo com o Calendário Kôngo, Da Descoberta ao Declínio do Kôngo, Origem do Reino do Kongo e a sua
história.
Para o escritor, que falava hoje à Angop, o livro aborda, entre várias questões, as instituições territoriais e políticas do reino do Kongo (poder militar, executivo e Legislativo), bem
como um retrato da comunidade boximanes.
“Falo dos boximanes, porque os bakongos terão vindo do sul de Angola (principalmente os boximanes). O reino do Kongo começa a Sul de Benguela e terminava a Sul do Gabão. O poder antigamente
estava centralizado no actual Mbanza Kongo, sendo que muitos reinos de Angola pagavam tributo ao rei do Kongo”, asseverou.
Do seu ponto de vista, quem escreva sobre a história de Angola deve ter em conta o Reino do Kongo, pois é inevitável e foi aí onde começou a descoberta de Angola e da África Central, na
época os descobrimentos.
A obra terá uma tiragem de dois mil exemplares e, segundo Patrício Batsîkama, é o resultado de uma pesquisa iniciada em 1994 para a monografia de fim do curso de bacharelato em História,
feita na República Democrática do Congo (RDC).
Daí em diante, depois de ter feito a especialização em filosofia de arte, na Universidade Plymouth, Inglaterra (em 2002), o escritor retomou a pesquisa em diversas localidades do país e no
estrangeiro, tendo terminado em 2011.
Em 2010, Patrício Batsîkama publicou “As Origens do Kôngo”, primeiro volume sobre este tema, sendo que um ano antes, em 2009, publicou “Etonismo, Filosofia da razão tolerante”.
Além de escritor, é crítico de arte, tendo textos publicados em vários jornais nacionais e sites internacionais dedicados às artes plásticas.
Angop