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02 Jun

Parteiras aprendem novas técnicas para fazerem partos mais seguros

Publicado por Muana Damba  - Etiquetas:  #Notícias do Uíge

 

 

Por António Capitão| Quimacungo


jorEmília Caputo (foto de A. Capitão)

 

Um grupo de cem parteiras tradicionais que actuam nas regedorias de Cassexe, Quilevo, Camancoco, Quingua, Quica, Calumbo e Quimacungo, no município do Uíge, participaram numa acção de formação destinada a apetrechá-las de novas técnicas de parto seguro fora das unidades hospitalares.


Durante a formação de dois dias, as parteiras tradicionais assistiram a demonstrações práticas sobre os cuidados que devem ter em relação às parturientes e aos recém-nascidos no período pós-parto. Além disso, receberam conhecimentos sobre questões relacionados com o aleitamento exclusivo, vacina antitetânica, doenças diarreicas agudas, malária e outras patologias que afectam as mulheres grávidas e crianças.


A supervisora das parteiras comunitárias do município do Uíge, Rosa António, afirmou que o ciclo formativo, além de fornecer conhecimentos e técnicas apropriadas para a realização de partos, visou igualmente contribuir para a redução da mortalidade materno-infantil, nas comunidades rurais.

 

Esclareceu ainda que as parteiras tradicionais foram orientadas no sentido de transferirem para as unidades hospitalares de referência da província todas as parturientes que apresentem prognósticos de parto de risco e lembrou que o objectivo da formação é contribuir para o combate à mortalidade de mulheres e crianças durante a gestação e depois do parto.


As parteiras receberam kits de trabalho compostos por tesouras, lâminas, bisturis, fios para corte do cordão umbilical, compressas, panos para cobrir os recém-nascidos, aventais, materiais gastáveis e de higiene, que vão contribuir para a realização de partos mais seguros e com melhores condições higiénicas.“Com os conteúdos que abordámos com as parteiras e os equipamentos entregues, acreditamos que os parto nestas comunidades vão ter melhores condições, tendo em conta que elas já exercem a profissão há anos.


Por isso, temos a certeza que o nosso apoio vai contribuir para que as parteiras tradicionais realizem trabalhos com maior profissionalismo”, realçou Rosa António.


Emília Caputu, anciã que exerce a profissão há mais de 50 anos, elogiou a iniciativa do governo da província e destacou os meios de trabalho que ela e as colegas receberam no final do curso, além dos conhecimentos adquiridos.  Mensalmente, a anciã realiza entre 25 a 30 partos.Durante os trabalhos, a parteira tradicional conta com o auxílio de quatro jovens. “Além dos trabalhos de parto que realizo, também faço tratamento tradicional às mulheres com dificuldades em engravidar. E quando têm sucesso no tratamento, preferem que seja eu mesma a fazer o acompanhamento da gravidez, até à realização do parto”, disse.

 

 

                                                                                                    J.A

 

 


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