Obra de Batsikama mostra povoamento ante-congo - diz historiador
Luanda - O historiador Simão Souindoula sublinhou hoje, sexta-feira, em Luanda, que o mérito da obra “O Reino do Kôngo e a sua Origem Meridional" consubstancia-se na mostra em adorno do
povoamento ante-congo, de época neolítico, constituído de grupos pigmeos e strandlopers.
“ (...) A apresentação desses traços justifica-se pela recolha de lendas supondo a presença de um substrato humano pré-congo de tipo pigmeos", disse o historiador ao apresentar o livro.
O autor apresenta, disse, o essencial das provas arqueológicas que confirmam a cristalização da especifidade congo a volta do fim do primeiro milénio da nossa era, estabelecendo laços de
parentesco com a cultura material dos bantu meridionais.
A fim de avaliar o período da fundação do Congo dia Ntotela, o autor não exclui as voláteis reconstruções míticas, contemporâneas, de génese, de base cosmogónica ou espácio-temporal.
Salientou ainda que Batsikama examina, na sua linha de investigação, as ligações austrinas da formação da arquitectura monárquica instaladas nos Planaltos de Pembacassi, à partir das
irrefragáveis fontes históricas, as das primeiras relações de autores portugueses, italianos, holandeses e as correspondências dos próprios soberanos do congo.
“A presente análise confirma a nossa asserção sobre o facto de que os intensos movimentos migratórios dos Bantus constituíram para o período de grande dinâmica histórica e antropológica”,
salientou.
Editada pela Universidade Editora, a obra contêm 329 páginas e está composta por sete capítulos: Estruturas e Instituições do Kôngo,
Será!Kung Origem do Kôngo?, As origens do Kôngo e a Arqueologia, Origem do Reino do Kôngo Segundo os dados Religiosos, As Origens de Acordo com o Calendário Kôngo, Da Descoberta ao Declínio do
Kôngo, Origem do Reino do Kongo e a sua história.
Além de escritor, é crítico de arte, tendo textos publicados em vários jornais nacionais e sites internacionais dedicados às artes plásticas.
Angop