Gente
recebeu ontem o músico Yannick, que falou de uma situação desagradável que viveu no dia 11 de Novembro.
O músico, que fazia parte dos artistas convidados para o Acto Central no Estádio 11 de Novembro, sentiu-se desamparado pela organização quando chegou ao estádio. “Estar lá a cantar seria o mesmo que fazer parte da História de Angola. Era importante para mim e para a minha carreira, não só por se tratar de uma data especial para todos os angolanos, mas porque cantaria em presença do Presidente da República”, disse o músico.
Yannick, que adiou uma viagem a Portugal, a convite da Embaixada de Angola para cantar no Estádio 11 de Novembro foi agredido dentro do estádio. “A organização não foi à porta buscar-nos. Andámos às voltas até aparecer um elemento que mal sabia para onde nos levar. Ficámos mais de 15 minutos com a população a seguir-nos e a gritar o meu nome. O homem da organização fugiu. Fiquei com medo”, disse. A falta de polícias na área jogou a desfavor do músico. Carteiras, chapéus, relógios, telemóveis e outros bens de Yannick, Silvestre e Cleff, do grupo Afroman, foram surripiados. “Senti-me abandonado. Comecei a chorar. As senhoras que vendem comida me esconderam”. Quando ouviu o seu nome a ser anunciado para cantar, o músico e os colegas tentaram outra vez chegar ao local da actuação, escoltados por dois polícias, que não conseguiram conter a população. “Foi horrível. Seguiram-me até ao estacionamento e até o meu carro estragaram. O pára-choques saiu e o carro ficou todo amolgado”, disse.
Yannick culpa a organização pelo descuido que teve com o seu grupo. “Não consegui participar na actividade que tanto quis. Ensaiei até ao último dia para nada. Peço desculpas ao Presidente da República, aos governantes e a toda a população que me quer bem”.
J.A