Por António Capitão
A vila de Makela do Zombo.
Os destacamentos fixos de guarnição fronteiriça das aldeias Malele, Beu Fiscal, Tady, Kituma, Fuma, Mukembe Longo e Kimbuanji, na província do Uíge, vão ser transformados em Postos de Guarda Fronteira (PGF), anunciou, no Negage, o comandante da quarta Unidade da Polícia de Guarda Fronteira de Angola, o superintendente chefe Domingos Manuel.
Estes novos postos fronteiriços, disse o comandante Domingos Manuel, vão permitir dar cobertura integral da fronteira terrestre e fluvial com a República Democrática do Congo (RDC) e reforçar a
capacidade operativa e vigilância no combate à migração ilegal.
"A Polícia de Guarda Fronteira na província tem a responsabilidade de controlar e fiscalizar 442 quilómetros de fronteira com a RDC, sendo 175 quilómetros de fronteira terrestre e 267 quilómetros
de fluvial, o que nos obriga a um redobrar de tácticas operativas", disse.
Domingos Manuel, que falava por ocasião do acto comemorativo do 33º aniversário da criação da Postos de Guarda Fronteira disse que do período compreendido entre Agosto de 2010 até ao momento, a
Polícia de Guarda Fronteira no Uíge abortou 98 tentativas de violação da fronteira nacional, resultando na detenção de 327 estrangeiros em situação ilegal. O comandante da Polícia de Guarda de
Fronteira no Uíge disse que os efectivos da unidade, para além de beneficiarem periodicamente de cursos de superação técnica, estão também envolvidos na formação académica, o que tem permitido
elevar capacidades tácticas e científicas.
Destacou o papel desempenhado pela Polícia de Guarda Fronteira no combate à emigração ilegal e na salvaguarda da integridade territorial. Apelou aos efectivos da corporação para redobrarem a
vigilância ao longo da fronteira tendo em conta a estabilidade política e económica que o país vive.
"Embora a situação operativa nos garanta tranquilidade, não devemos poupar esforços na execução das nossas tarefas, tendo em conta que os emigrantes estrangeiros não dormem e adoptam cada vez
mais técnicas inovadoras para conseguirem violar as nossas fronteiras", frisou.
A província do Uíge tem sido alvo preferencial de estrangeiros para a entrada ilegal no país.
J.A