Missão Católica da Damba.
Que nostalgia!...Missão católica da Damba.Não posso evitar as minhas lágrimas, quando vejo esta imagem.
Porque esta missão é sinónimo da minha infância.
Quem viveu na Damba pode esquecer,a igreja São João de Deus,no coração da Missão?
Missas de domingo,acompanhadas de batuques num rítmo tìpicamente local.
Aqueles cantos tradicionais,louvando a nossa maneira, eh Nvuluzi,Nzambi a zulu ye Ntoto.
O padre Camilo,santo à minha maneira,que falava Kikongo a perfeição,Damba o adoptou como muana vata.
O seu trabalho remarcável da evangêlização.Santo Camilo,introduziu o Evangêlho no kinzonzi.Os velhos diziam dele ser Nkituki.
Os padres Flaviano,José,Marino,Zaquel Hortêncio e Frei Francisco.
Lembro-me a hospitalidade dos eucaliptos e os pinheiros que rodeiam a missão.
O pomar da Missão onde entrávamos furtivamente,para furtar as nésperas e outras frutas.
No domingo seguinte,pediamos perdão numa confissão sagrada,ao padre porque roubamos...os frutos da Missão
As Mangueiras a beira da estrada que entra na missão.Lá colhiamos mangas cruas,semi-maduras e maduras.
Para colher mangas,era uma ousadia contra contra formigas vermelhas,as ditas Nsongonias até encontavamos cobras.
As escolas da Missão onde estudávamos,os professores Xavier,Kiame,Eduardo André que viviam no Kinteka.
Kavita Waku,João Kubaya de Kisanga;João Lengo e Matos de Luzuanda;Manuel Kubunda e Garcia Ndumbu kuna Kinsakala...
Os deficiêntes mental que vinham as vezes perturbar as aulas,Mansanga ma Lau,o pacífico Nsinga N'gola e o violento Bayaya.
Bayaya, o maluco,vindo de Luanda,mulato gigante,terrorizou os bairros Kinzenze,Missão,Kinteka,Kinkossi,Mabubu,Manga e Salambongi.
Sim,lembro-me deste Bayaya como se fosse ontém,porque ele era bênção para nós,os estudantes naquele tempo.
A sua presença na Missão,era pretexto para não assistir nas aulas.