Mercado transfronteiriço facilita trocas comerciais
Por Valter Gomes
O governador do Uíge, Paulo Pombolo, anunciou ontem a criação de um mercado no ponto neutro da fronteira que separa Angola da República Democrática do Congo (RDC), para melhorar as transacções comerciais entre os dois países.
“Pretendemos, em breve, abrir um mercado na fronteira de Angola com a República Democrática do Congo para facilitar as trocas comerciais”, disse Paulo Pombolo, que revelou já decorrerem estudos
sobre os mecanismos mais viáveis para a concretização do projecto.
Depois disso, referiu, o governo provincial vai elaborar um relatório para ser remetido ao Executivo para a apreciação e possível aprovação. “Logo que for aprovado, o governo provincial está em
condições de começar as actividades mercantis na fronteira”, salientou.
O município de Maquela do Zombo, com mais de cem mil habitantes, a 310 quilómetros da cidade do Uíge, é constituído pelas comunas de Quibocolo, Béu, Cuilo Futa e Sacandica.
A província do Uíge tem sido um dos pontos de entrada ilegal de cidadãos estrangeiros em território angolano. Os imigrantes ilegais aproveitam a população que vive nas zonas fronteiriças e que
diariamente fazem a travessia entre os dois países, para se infiltrarem em território nacional à margem das leis migratórias.
Segundo a Polícia de Guarda Fronteira, cidadãos nacionais têm auxiliados os cidadãos estrangeiros nas acções de entrada irregular em território nacional. A legislação migratória pune de forma
exemplar esta prática e, por isso, cidadãos têm respondido em tribunal.