
As vias ficam lamacentas e muito escorregadias durante o período chuvoso e na época seca o terreno provoca trepidações aos veículos
Fotografia: José Bule | Uíge
A população residente no bairro Paco e Benze, na zona três da regedoria do Papelão, município do Uíge, província com o mesmo nome, está apreensiva com o mau estado das ruas da localidade.
No interior do referido bairro, as vias ficam lamacentas e muito escorregadias durante o período chuvoso, enquanto na época seca o terreno provoca trepidações aos veículos, dificultando a
circulação normal de viaturas.
Garcia Kilengulo, chefe adjunto de um dos blocos da referida localidade, afirmou que a situação dos arruamentos do Cabonda, Paco e Benze é um desassossego para os moradores. Por isso, defende que
o governo provincial deve asfaltar ou realizar trabalhos de melhoramento das respectivas vias, para garantir mais tranquilidade aos transeuntes e automobilistas.
“As ruas do interior deste bloco estão em péssimas condições. Estamos aflitos com o aspecto que as nossas ruas apresentam, não permitindo a circulação normal”, afirmou Garcia Kilengulo.
Um outro morador, Saldanha António, adiantou que, quando chove, as ruas ficam em péssimo estado. Surgem charcos lamacentos que complicam a circulação normal dos peões e dos automobilistas.
Francisco Cardoso também reside no bairro diz que, devido ao mau estado em que se encontram as ruas, durante o período chuvoso tem sido difícil chegar a sua casa com a viatura.
“Desde o início das chuvas, a rua que passa pela minha casa tornou-se intransitável. Por isso, estamos a guardar as nossas viaturas em quintais de amigos ou familiares que vivem próximo daqui”,
atestou.
Agostinho Bastos, taxista, disse que o estado em que se encontram as ruas do bairro obriga os taxistas a cobrarem mais do que o normal, caso os passageiros insistam em avançar até ao
interior.
“Saindo de qualquer ponto da cidade, a nossa paragem oficial é logo à entrada do bairro. O preço da corrida custa 100 kwanzas, mas se os passageiros quiserem chegar até às suas casas têm de pagar
o dobro”, confirmou.
Lixo em locais impróprios
Outro problema apresentado pela população é o da falta de contentores para o depósito de lixo. A população está a pôr os resíduos sólidos em lugares inapropriados. Lubolo Malungo, morador,
afirmou que no bairro onde vive, há mais de 15 anos, não existem locais indicados para pôr o lixo.
“Antigamente quando a área era pouco habitada, cavávamos buracos onde colocávamos os resíduos, mas actualmente já não é possível fazer isso. O bairro cresceu. Os terrenos estão todos ocupados.
Aumentou o número de moradores e, como é óbvio, foram construídas muitas residências”, referiu.
Garcia Kilengulo, chefe adjunto de um dos blocos, avançou que, depois de uma reunião entre a direcção do sobado e a Administração Municipal do Uíge, ficou a promessa da resolução do problema.
“A situação está a ser analisada. Pensamos que dentro de pouco tempo fica resolvida”, garantiu.
J.A