Guilherme Mampuya inaugura "O tempo não Pára" .

Luanda - O artista plástico Guilherme Mampuya inaugurou hoje (quarta-feira), no Instituto Camões (IC), em Luanda, a colecção intitulada "O tempo não Pára" composta por vinte telas que retratam, na sua transversalidade, múltiplos temas de carácter social.
"Com esta exposição pretendo realçar esta coisa imaterial (tempo) que vem passando e que ninguém consegue prender, mas que por mera ironia consegue dominar o ser humano e criar rugas e ferrugem", disse o artista, acrescentado que este tempo não consegue, por vezes, apoderar-se de criações artísticas, científicas ou outras benfeitorias.
Em declarações à Angop, o artista angolano disse ser necessário que o homem assinale o tempo com passos positivos para que a história da humanidade não se apague.
E para sinalizar o terreno com pés positivos, Guilherme Mampuya faz, na sua exposição, menção a textos bíblicos (Isaías 53 capítulo), por forma a exemplificar a vida de um homem que marcou e marca o mundo com a sua modéstia e feitos.
"Jesus Cristo morreu a dois mil anos, mas até hoje é uma história viva que não se apaga. O mesmo não aconteceu com outros que pereceram, pelo que os passos do filho de Deus foram explícitos", referiu.
Outro facto exposto por Guilherme Mampuya para transmitir que "O tempo não Pára" foi a chamada de atenção ao que o homem (países mais desenvolvidos) têm feito ao ecossistema.
"Estamos a estufar o planeta que daqui a mais algum tempo diversas espécies vão desaparecer. Muita seca e chuva, fenómenos já mais visto que surgem em função da má acção do homem", frisou.
O artista pintou ainda sobre "o poder da mente canalizado na mão", que descreve como um veículo de materialização das ideais positivas (criação) e negativas (criminalidade) que distinguem a história da humanidade.
A transversalidade artística do angolano serviu também para homenagear os reinos do Congo, Lundas e outros, como forma de mostrar que factos positivos não são apagados pelo tempo.
Nas telas do artista são lidas algumas mensagens como "Quando a electricidade torna-se material", "Nosso planeta esta chovendo de mais", "Quem disse que não se vive de pintura em Angola?".
A exposição estará patente na sala do IC até o dia quatro de Junho.
Angop