Por José Bule e Nicodemos Paulo.
O comandante provincial da Polícia Nacional do Uíge, comissário Leitão Ribeiro, reconheceu, ontem, que faltam efectivos e meios técnicos para dar um combate mais cerrado à imigração ilegal na província.
Leitão Ribeiro, que é também o delegado provincial do Ministério do Interior, afirmou que a corporação, principalmente os Serviços de Migração e Estrangeiros, apresenta muitas dificuldades que
devem ser urgentemente resolvidas.
Falando aos efectivos dos órgãos do Ministério, durante uma formatura geral, o comissário Leitão Ribeiro lamentou o envolvimento de cidadãos angolanos no auxílio à imigração ilegal e alertou para
a gravidade do facto, uma vez que, como disse, constitui um crime grave.
O comandante da Polícia Nacional do Uíge avaliou, igualmente, a situação da criminalidade na província ao longo dos 30 dias que está no cargo.
“Quando cá cheguei, a criminalidade era preocupante. As cifras criminais apontavam para um à vontade tal da parte dos marginais em continuar a realizar acções delituosas que era necessário mudar
rapidamente o quadro”, disse o comissário Leitão Ribeiro, revelando que ultimamente vários grupos de marginais estão a ser desmantelados.
Na quarta-feira, o comando provincial da Polícia Nacional apresentou 12 indivíduos, acusados de praticarem crimes de homicídio voluntário, furto e uso e posse de estupefacientes. Entre os
acusados está um cidadão congolês democrático e três jovens desertores das Forças Armadas Angolanas.
O director da Investigação Criminal do Uíge, superintendente Victor do Amaral Gourgel, esclareceu que durante a operação foram apreendidos uniformes militares e uma arma de fogo do tipo AKM.
J.A