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01 Sep

Faleceu NSIMBA DIANA SPRAY.

Publicado por Muana Damba  - Etiquetas:  #Música


                              Luto


 

 

Segundo muitas fontes concordantes, o autor-compositor Nsimba, mais conhecido pelos melómanos como DIANA SPRAY, faleceu ontém em Luanda.

 

DIANA nasceu em Makela do Zombo no dia 3 de julho de 1946. Em 1961 seguiu os seus pais como refugiados no Ex Congo Belga, onde permaneceu até 1976, ano que ele regressou em Angola. Já no Congo, mais tarde Zaire, era famoso como cantor e autor compositor de talento. Descoberto nos meados dos anos 60, pelo outro músico angolano, também refugiado no Congo, Sam-Mangwana, este o presenta ao senhor Rochereau aliás Tabu-Ley, que, ao ser convecido pelo seu imenso valor artístico, incorpora-lhe no famoso conjunto AFRICAN-FIESTA NATIONAL.

 

Nos princípios dos anos setenta, seguindo a experiência com os maquisards (guerrilheiros) angolanos na luta contra o colonialismo português, Sam Mangwana funda o agrupamento Musical FESTIVAL DE MAQUISARDS, Simba DIANA será um dos pilares deste efémero conjunto. Meses depois, Diana vai separar-se do Sam Mangwana para fundar, com os outros dissidentes, o inesquecível GRAND MAQUISARDS, sucesso continental! Em 1974, o GRAND MAQUISARDS não sobrevive às intrigas fomentadas pelos outros cantores invejosos, Diana será recuperado pelo Tabu-ley onde reencontrará por um breve momento Sam- Mangwana, no agrupamento AFRIZA. As canções de antologia como, "libala ya huit heures du temps, Santa wa ngai, Diamante" da sua autoria, animaram bares do Nairobi, Freetowm, Dakar, Lagos, Brazzaville, Leopoldville (Kinshasa).

 

Em 1976, Diana regressa definitivamente em Angola. Em Luanda é acolhido pelo Eliás Diakimuezo, do qual obtém um apoio artístico para a sua inserção no meio cultural angolano. Na ocasião das comemorações do 1° aniversário da proclamação da independência, os cantores angolanos regressados do ex Zaire improvisam um conjunto musical convista a participar nas celebrações, no pavilhão da cidadela, assim  nasce a orquestra INTERNACIONAL (INTER) PALANCA, dirigido pelo cantor MÁRIO MATADIDI MABELE. Diana é recrutado e acompanhará Matadidi no estúdio, na gravação das canções de índolo revolucionário como: "Obrigado camarada Agostinho Neto, Angola nossa terra, Café, Bakokosa yo bakokosa, o camarada presidente disse".

 

Uma parte de músicos integrantes da orquestra Inter -Palanca, entre os quais Otis Mbembay, Diana, etc, entram em conflito com Matadidi, vão fundar um conjunto designado "Os Malucos", mais tarde Diana vai baptizã-lo em OLIMPIA. Na ocasião, compõe uma canção em memória do lendário comandante do MPLA, Valódia, apesar se ser composta em lingala, a canção vai conhecer un sucesso sem precedente em Angola e obtém por parte da então Secretaria de Estado da Cultura o apoio necessário, que lhe permitiu arrancar a sua carreira musical em angola. Vai compor mais tarde canções que vão atravessar a fronteira de Angola. Kanducha, Sim senhora (moni dode), Marguerida, Cherie Mena simba munu, Diana mama, etc, conhecerão sucesso a nível de África Central.

 

Há muito tempo sofria de doença mental, que afastava-lhe por muito tempo nos palcos.

 

O site da Damba, apresenta a família enlutada, as sinceras condolências.

 

 

                                                                                                        Muana Damba.

 

    Recordar a figura do Diana.

    Por Jomo fortunato

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