Governador pede empenho e dedicação
Fotografia: José Bule | Uíge
O governador provincial do Uíge pediu, na quarta-feira, aos administradores municipais que se envolvam, cada vez mais, na gestão correcta do Programa de Combate à Fome e à Pobreza.
Paulo Pombolo fez o apelo, na cerimónia de posse de responsáveis provinciais de vários sectores e de administradores municipais, realizada na sala de sessões da antiga Câmara Municipal.
O governador do Uíge concedeu posse à directora provincial da educação, Ermelinda Samuel, ao director do gabinete de estudos e planeamento, Francisco Manteiga, aos administradores municipais do
Songo, Maria Manuela, da Damba, Maria Cavungo, de Milunga, Delfina Henriques, e do Dange-Quitexe, Mendes Domingos.
Na mesma cerimónia tomaram posse os administradores municipais adjuntos do Uíge, Sónia Domingos, e do Songo, Geraldo Dendo, o assessor do vice-governador para o sector produtivo e económico, os
chefes de departamentos das direcções provinciais da educação e da juventude e desportos e os das secções de património, cerimonial e informação e arquivo do CDI do governo provincial.
Interacção entre administradores
Paulo Pombolo pediu maior interacção entre os administradores municipais e os adjuntos na programação das tarefas, selecção de empresas e nos pagamentos de obras para não persistir “o espírito
de um querer fazer tudo sozinho”.
“Deve haver partilhas de obrigações e de responsabilidades entre os administradores municipais e adjuntos”, lembrou.
O município do Quitexe, referiu, sendo a entrada dos que visitam a província, deve ter uma imagem mais acolhedora e as acções nesse sentido devem começar nas comunas de Vista Alegre e Aldeia
Viçosa.
A Damba, frisou, tem que continuar a progredir com projectos concretos, como os de energia e sistemas de abastecimento de água potável, e outras tarefas que devem constar na agenda de
prioridades da nova administradora municipal.
“É preciso animar o município, dando-lhe um ar diferente”, frisou.
Quanto ao município do Songo, o governador recordou que possui uma beleza invejável mas que, “neste momento, parece-se mais com uma Fazenda abandonada”.
“Esse quadro deve mudar pela reorganização das estruturas administrativas, promovendo acções de maior contacto com as populações e melhorando a prestação dos diferentes serviços públicos”,
referiu.
A concretização, com êxito, das acções programadas, declarou Paulo Pombolo, dependem de uma gestão transparente e cuidadosa dos recursos disponíveis.
No Milunga, alertou, os desafios são enormes, “tendo em conta as acções de tribalismo desenvolvidas por muitos quadros locais”.
Paulo Pombolo pediu “o maior empenho” da nova responsável municipal “para eliminar as barreiras que provocam a desunião” dos quadros locais.
“O tribalismo acentuado neste município deve ser combatido e é necessário redireccionar as acções de combate à pobreza em função das necessidade apontadas pelas populações, pelos seus
representantes nos conselhos de auscultação e concertação social, e melhorar as obras já adjudicadas, concluídas sem a qualidade exigida”, disse.
Novos administradores prometem melhorar o quadro
Delfina Henriques prometeu acabar com o tribalismo, lembrando que Milunga é uma região como as outras da província do Uíge e que, por isso, os quadros locais não devem insistir em actos
tribalistas, dos principais factores responsáveis pelo subdesenvolvimento do município.
Estabilização da educação
“É urgente reestruturar o departamento da inspecção para as escolas, principalmente nos municípios, receberem visitas regulares de controlo e de acompanhamento para as irregularidades serem
detectadas mais cedo”.
Paulo Pombolo aconselhou a nova direcção da educação a dinamizar “esta área tão importante para a melhoria funcional do sector”, frisando que na província há “muitos professores que não
trabalham, mas continuam a receber os ordenados” e que os directores das escolas “não recebem salários compatíveis com a função que exercem”.
Ermelinda Samuel recordou que “é fácil destruir, difícil é construir”, acrescentando que quer contar com o apoio de todos os intervenientes do sector para os objectivos definidos pelo governo
sejam alcançados.
“Vamos procurar reestruturar a direcção da educação e trabalhar com as administrações municipais para que nos indiquem os quadros capazes de ajudarem o sector a melhorar a prestação de serviços
na província, sobretudo nas comunidades onde as dificuldades são maiores”, disse.
J.A