Duas mil transfusões sanguíneas no Uíge.
A Secção de Hemoterapia do Hospital Geral do Uíge promoveu, segunda-feira, nesta cidade, uma palestra acerca da importância de se dar sangue, com vista a salvação da vida dos doentes carentes do
mesmo.
Durante a palestra, enquadrada nas celebrações do Dia Mundial de dador de sangue, assinalado segunda-feira, o prelector Lukoki Nsumbo apelou a sociedade a ter o espírito de ajudar os outros
carentes, dando o seu sangue, em vez de se esperar apenas por dadores familiares.
O encontro visou sensibilizar a população sobre a importância de dar o sangue como forma de salvar a vida das pessoas carentes.
Para Lukoki Nsumbo, um hospital deve ter sempre stock de sangue suficiente para acudir as situações que surgem e instou a população para ser a melhor doadora voluntária e não apenas familiares.
Disse que a falta de stock de sangue tem provocado agravamento da situação dos doentes, porque até que se encontre alguém com sangue compatível, o doente já não consegue suportar e as vezes acaba
por morrer.
A Secção de Hemoterapia do Hospital local efectuou, em 2009, 2.521 transfusões de sangue, das quais mil 663 em menores de cinco anos de idade, através de 84 dadores voluntários e 2.481 outros
familiares.
De acordo com as autoridades sanitárias locais, neste período foram recolhidos 1.115.680 centilitros (cc) de sangue, tendo sido consumido apenas 816.650cc, numa unidade hospitalar com a
capacidade de 411 camas e com uma necessidade de 20 mil litros de sangue/ano.
As anemias provocadas pela malária, principal causa de mortalidade das crianças e mulheres grávidas, assim como a pandemia do VIH/SIDA, as hemorragias digestivas, neoplasias e os acidentes de
viação são as principais preocupações do corpo clínico que originam a transfusão de sangue.
Angop