Defendida necessidade de construção de nova unidade prisional
A necessidade da construção de novas instalações para albergar os reclusos da única unidade penitenciária local foi defendida hoje (quarta-feira) pelo delegado provincial do MININT em exercício,
Neves Truco, como forma de descongestionar a mesma instituição.
Falando no acto das comemorações dos 32 anos do MININT a nível provincial, o oficial deu a conhecer que a insuficiência da comarca do Uíge constitui uma das principais preocupações vividas pela
delegação provincial.
Como referiu, na execução de penas combinados pelos tribunais, o órgão registou o movimento de entrada de 697 reclusos entre detidos e condenados tendo sido postos em liberdade 519 outros.
Assegurou que os efectivos estão atentos contra os comités organizados de recepção de imigrantes ilegais e de nacionais que são guardas dos estrangeiros, bem como a todas as manobras de algumas
autoridades tradicionais que ao longo da fronteira invocam supostas relações sanguíneas, emitindo declarações para efeitos de registos de nascimentos para os estrangeiros.
Quanto ao domínio delituoso, sublinhou que foram esclarecidos durante ano em curso mil 353 dos mil 372 crimes registados, resultando na detenção de 151 cidadãos na prática dos mesmos.
Realçou por outro lado que mil 835 cidadãos estrangeiros de diversas nacionalidades foram interpelados e repatriados para os seus países de origem, 720 impedidos de entrar no território
angolano e 32 outros foram conduzidos ao Ministério Público, por tentativa de obtenção da nacionalidade angolana de forma fraudulenta.
“Vamos incrementar o patrulhamento comunitário de proximidade, para aumentarmos os níveis de confiança por parte da população. Não seremos tolerantes para com os efectivos com maus comportamentos
que extorquiam bens de cidadãos em vez de propiciar sentimento de segurança no seio da população, fazendo desacreditar a imagem do órgão”, admitiu.
Neves Truco disse por outro lado que ao longo do período em análise registou-se o desalojamento de oito mil cidadãos de várias localidades em consequência das últimas chuvas que se abateram na
região, e que destruíram 1.846 residências, sete igrejas, 123 escolas, cinco pontes, dois postos médicos, 50 hectares agrícolas e provocou igualmente a morte de 10 pessoas e quatro feridos.
Os municípios do Negage, Maquela do Zombo, Quimbele, Damba, Songo e Uíge foram as localidades mais fustigadas pelas chuvas.
Angop