Por Valter Gomes
Técnicos da saúde vão ser bem alojados
Fotografia: Jornal de Angola
Os habitantes da comuna de Quinvuenga, província do Uíge, vivem dias melhores. Na localidade, foram construídas residências para albergar os funcionários públicos, centro e postos de saúde,
escolas e sistemas de captação, tratamento e abastecimento de água potável.
O administrador, Pascoal Bula, disse ontem ao Jornal de Angola que a população residente na vila de Quinvuenga já beneficia de energia eléctrica, através de um grupo gerador de boa capacidade. A
reabilitação do troço que liga a comuna à sede municipal do Songo, a cerca de 42 quilómetros, constitui um dos principais ganhos alcançados nos últimos 10 anos.
A comuna de Quinvuenga ficou muitos anos isolada do resto da província.
Ao abrigo do Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento Rural, Combate à Fome e à Pobreza foram construídas 31 salas de aula, postos de saúde e oito residências para enfermeiros e
professores.
O edifício onde funciona a administração local do Estado foi reabilitado, ampliado e apetrechado. Foi igualmente reabilitado o troço que liga a comuna à localidade de Quitala.
O administrador comunal, Pascoal Bula, lembrou que em 2002 a comuna de Quinvuenga não possuía nenhuma infra-estrutura de realce. Mas sublinhou que dez anos depois os ganhos da paz são visíveis,
proporcionando melhores condições de vida à população.
Os agricultores locais produzem uma grande diversidade de alimentos, com destaque para a mandioca, jinguba, banana, café, cana-de-açúcar, batata-doce e rena, feijão, milho e outros.
O administrador comunal referiu que a falta de instrumentos de trabalho, máquinas de lavoura e de tractores com as respectivas alfaias agrícolas contribui para a baixa produção de alimentos.
“Temos dificuldades de quase tudo e os camponeses encontram sérias dificuldades para realizarem a sua actividade”, disse.
Pascoal Bula destacou que a região possui terrenos férteis para o exercício da actividade agrícola e apelou aos camponeses para se organizarem em associações e cooperativas, para que possam
beneficiar de apoios do governo e de financiamento dos bancos.
Quinvuenga dista a 42 quilómetros a nordeste da sede municipal do Songo e a 82 quilómetros da cidade do Uíge. A localidade possui 8.500 habitantes.
Centro ortopédico necessita de instalações
O centro ortopédico do Negage, na província do Uíge, necessita urgentemente de novas instalações e equipamentos, com vista a melhorar a prestação de serviço, disse ontem ao Jornal de Angola, o
director da instituição.
Amaral Domingos, lembrou que a unidade hospitalar, construída em 1996, funcionava como um centro de emergência de vítimas de minas e referiu que actualmente presta assistência às populações das
províncias do Uíge, Malange, Zaire e Kuanza-Norte, vítimas de acidentes ou de paralisia. O director hospitalar do Negagedisse que, devido à grande afluência de pacientes, o centro apresenta
carências a nível de internamento e de outras áreas.
“É urgente a construção de novas instalações para o funcionamento do centro ortopédico do Negage e que tenham maior capacidade para internar e reabilitar as vítimas de acidentes, tendo em conta
que a cada dia que passa também aumenta o número de pacientes”, afirmou.O director do centro ortopédico do Negage solicitou o apoio e a colaboração da sociedade civil, para que os objectivos da
unidade hospitalar sejam concretizados, garantindo maior apoio aos doentes. “Esperamos pela colaboração de todos para que possamos atingir os nossos objectivos, pois de outra maneira será
difícil. Vamos continuar a apelar o bom senso da sociedade”, disse o responsável.O centro é assegurado por quatro especialistas em técnicas de ortopedia, mas há necessidade de mais com vista ao
reforço da prestação dos serviços.
J.A