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06 Sep

Combate à malária tem apoio da igreja

Publicado por Muana Damba  - Etiquetas:  #Religião

 

Por Joaquim Júnior | Songo

 

O bispo da Igreja Anglicana Unida em Angola, D. André Soares, lançou, na vila do Songo, província do Uíge, o projecto “Redes para a Vida”, enquadrado no Programa Comunitário Integrado da Malária que está a ser desenvolvido em todo o país.

 

D. André Soares distribuiu mosquiteiros às populações do Songo e avançou que o projecto vai ser implementado no município durante cinco anos para combater a malária no seio das comunidades, incluindo campanhas de educação sobre o tratamento e prevenção de várias doenças correntes, saneamento e higiene, monitoria e avaliação.


“A saúde pública não é apenas responsabilidade do Ministério da Saúde, mas sim obra de todos os cidadãos que são chamados a colaborar no projecto de combate à malária para diminuir as causas de morte”, disse o bispo anglicano.


Sublinhou que o principal objectivo do programa é reduzir a mortalidade materno-infantil. Recordou que o projecto “Redes para a Vida” foi implementado com sucesso notável nos municípios de Mucaba e apelou à colaboração das entidades locais, autoridades tradicionais e entidades eclesiásticas para o seu sucesso no Songo.


A administradora do Songo, Adelina Pinto, agradeceu a escolha, pela Igreja Anglicana, do município do Songo, para a implementação do projecto de combate à malária.


“Este projecto vai ajudar, seguramente, a diminuir os índices de malária no município”, sublinhou a administradora, notando que a região possui grandes florestas e lagoas que facilitam a multiplicação de mosquitos causadores da doença.


A coordenadora nacional da Igreja Anglicana para o programa comunitário integrado da malária, Maria Domingas, disse que o projecto “Redes para Vida” (Nets for Life, na sigla inglesa), é uma iniciativa da Agência Episcopal de Desenvolvimento da Igreja Anglicana dos EUA para todas as dioceses africanas devido à prevalência de índices elevados da malária, que tem causado a morte de milhares de crianças e mulheres grávidas, principalmente. Maria Domingos referiu que o sucesso do projecto depende muito da mudança de comportamento e atitude da população alvo e indicou que está a ser privilegiada a educação comunitária para sensibilizar e prevenir as mortes causadas pela malária.


Em Angola, este programa começou a ser implementado em 2006 nas províncias de Cunene e Uíge. Cassandra Lala, médico no hospital municipal do Songo, reconheceu que os casos de malária estão a diminuir consideravelmente nos últimos tempos, mas mostrou-se preocupado com a proximidade das chuvas, período considerado palúdico devido à humidade e acumulação de águas fluviais que propiciam a reprodução dos mosquitos.


No primeiro semestre deste ano, a repartição de saúde do Songo, que possui uma população estimada em mais de 44.000 pessoas, registou um total de 3.866 casos de malária.

 

 

                                                                                                                        J.A

 

 

 


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