O aumento da produção na província deve-se à intensificação das acções do programa de combate à pobreza nas comunidades
Fotografia: Eunice Suzana| Uíge
A previsão de colheita, até ao final da época agrícola 2012, na província do Uíge, é de 70.485 toneladas de produtos. O aumento da produção agrícola na província deve-se à intensificação das
acções do programa de combate à pobreza nas comunidades locais, consubstanciado nos empréstimos financeiros e distribuição de meios de trabalho aos agricultores da região, disse ao Jornal de
Angola, o director provincial do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA).
Miguel Mbemba Mata disse que 248.636 agricultores, integrados em 949 organizações agrícolas, trabalham para que esta colheita seja um sucesso. “Para dar suporte à produção de alimentos, 3.532
camponeses, integrados em associações agrícolas dos municípios do Negage, Mucaba, Damba, Songo, Bungo, Cangola, Buengas, Puri, Sanza Pombo, Maquela do Zombo e Quimbele receberam financiamento,
cedidos pelo Banco de Poupança e Crédito, Banco de Comércio e Indústria e Banco Sol, cujo valor global está avaliado em mais de mil milhões de kwanzas”.
Mbemba Mata acrescentou que os camponeses também receberam ferramentas agrícolas, como sementes, catanas, enxadas, limas, machados, regadores, fertilizantes, tractores e alfaias, charruas,
motobombas, triciclos a motor e outros materiais de apoio à actividade agrícola, que estão a facilitar a produção de alimentos no campo. O processo de distribuição de meios de trabalho ainda está
a decorrer, tendo avançado que, nos próximos dias, associações e cooperativas agrícolas, que actuam noutras localidades s, vão também beneficiar de apoios financeiros. “Durante a segunda época da
campanha agrícola, de Janeiro a Maio, os camponeses trabalharam 213.982 hectares, com objectivo de combater a pobreza no seio das famílias”, disse.
Mbamba Mata lembrou também que a época agrícola anterior sofreu uma baixa na produção de alimentos, devido à estiagem que afectou a província do Uíge.
O director do Instituto de Desenvolvimento Agrário esclareceu que com o surgimento do Programa Crédito de Campanha, o Instituto de Desenvolvimento Agrário suspendeu a distribuição de
ferramentas agrícolas aos camponeses e deixou a responsabilidade às instituições bancárias, como fornecedores directos, onde os camponeses apresentam as suas necessidades e projectos nos Comités
de Pilotagem, que organizam os processos e os encaminham. A mandioca, feijão, jinguba, batata, abacaxi, laranja, tangerina, banana, abóbora, abacate, safú, inhame, café, horticulturas são os mais
cultivados na região.
Uíge tem 12 Estações de Desenvolvimento Agrário, localizadas nos municípios do Uíge, Negage, Sanza Pombo, Quimbele, Bungo, Damba, Quitexe, Mucaba, Cangola, Songo, Maquela do Zombo e Milunga, que
supervisionam a actividade dos camponeses.
Fórum internacional desenvolve negócios
Cidade do Uíge realiza uma feira internacional em que abre as portas ao investimento
Fotografia: Jornal de Angola
Um fórum de negócios e oportunidades de investimentos com a
participação de 300 empresas, algumas das quais provenientes da África do Sul, Alemanha, Portugal e Sérvia, marca a edição deste ano das festas da cidade do Uíge, que termina hoje.
O governador provincial do Uíge, Paulo Pombolo, anunciou que o fórum visa atrair investimentos, com vista ao desenvolvimento da regiã. Paulo Pombolo
declarou que o encontro vai servir para criar mais interacção entre os empresários locais e de outros pontos do
país, bem como do estrangeiro.
“A feira agro-pecuária e industrial tem um novo formato. Abandonámos as barracas de chapas e esteiras”, anunciou o governador.
Paulo Pombo indicou que foram instaldos novos stands para os expositores e aproveitada a parceria com a Feira Internacional de Luanda (FIL), “que tem
uma longa experiência de organização deste tipo de evento”. Acrescentou que
há, no Uíge, “plena certeza” de “que [esta] será uma das melhores feiras, já que contamos com a participação de
empresas e produtores da província do Uíge e outros que vêm de diversas províncias do país”.
J. A