Autoridades tradicionais “fiscalizam” professores.
Uma escola no Sanza Pombo.
As AutoridAdes tradicionais(sobas, regedores e séculos), no município de Sanza Pombo, que dista 152 quilómetros a leste da cidade do Uíge, têm livros de ponto para controlar os professores e
enfermeiros colocados nas povoações locais.
A medida surgiu devido às constantes ausências dos professores e enfermeiros dos postos de tra-
balho onde foram colocados, o que tem vindo a prejudicar substancialmente os alunos e doen-
tes. “Agi desta maneira em defesa dos alunos e doentes que estavam a ser prejudicados pela ausência
sistemática dos professores”, ex-plicou ao Novo Jornal o administrador municipal, Baptista Bunga, acrescentando que, desde que o decreto vigora, a situação normalizou.
Relativamente ao crédito agrícola, Bunga disse que cerca de 43 cooperativas agrícolas já beneficiaram deste tipo de financiamento e de 10 tractores, estando outros por chegar. “Estamos
satisfeitos com a implementação da linha de crédito para apoio às associações, cooperativas, pequenos e médios produtores”, disse Baptista Bunga, acrescentando que 10 agricultores foram
seleccionados para o crédito de investimento agrícola, que se cifra acima dos 500 mil dólares.“Vamos relançar a actividade económica ligada ao sector agrário, através da reabilitação de
infraestruturas de apoio à actividade
produtiva ligada ao sector”, referiu.
Por outro lado, lamentou que o hospital municipal de Sanza Pombo já não tenha capacidade para atender milhares de pacientes que ali acorrem para o tratamento médico.“Sanza Pombo é um
município
de convergência. Nós recebemos pacientes provenientes dos municípios de Milunga, Quimbele, Buengas, Alto-Cuale, Puri e alguns doentes do município de Massango (província de Malanje”, elucidou
Baptista Bunga.
Actualmente, o hospital conta com dois médicos angolanos e espera receber mais dois de nacionalidade russa. “Também não temos enfermeiros qualificados para certas especialidades”, lamentou.
Destacou que a nível das três comunas (Alfandenga, Cuilo Pombo e Huamba) os postos de saúde,
embora com algumas dificuldades, funcionam normalmente. O problema da falta de água potável e energia eléctrica na vila de Sanza Pombo preocupa o executivo local. “Gastamos trimestralmente 35 mil
litros de combustível para assegurar os grupos geradores. A situação da água será resolvida nos próximos tempos”, prometeu.
Outra grande preocupação do administrador tem a ver com as vias que dão acesso à vila de Sanza
Pombo com as comunas. David Filipe «Agi desta maneira em defesa dos alunos e doentes que estavam a ser prejudicados pela ausência sistemática dos professores»
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