Aumentam crimes de natureza económica no Uíge
Por Joaquim Júnior |Uíge

O superintendente chefe Baião Bieth, que falava no acto provincial alusivo ao 32º aniversário da instituição especializada da Polícia Nacional, assinalado na quarta-feira, reconheceu que “a contrafacção mancha a credibilidade das marcas das empresas honestas” e informou que a província do Uíge regista um aumento significativo de crimes de natureza económica.
O oficial superior da Polícia Nacional revelou que, dos 874 casos registados entre o dia 18 de Setembro de 2012 e 18 de Setembro deste ano, houve um aumento de 138 crimes em comparação com o
período anterior.
Durante a leitura do relatório de balanço das actividades desenvolvidas pela Polícia Económica no Uíge, Baião Bieth salientou que foram detidos 757 presumíveis autores dos crimes que chegaram
ao conhecimento da instituição, um aumento de 139 indivíduos em relação ao período anterior.
A Polícia Económica no Uíge registou ainda, no mesmo período, 671 infracções, 93 das quais de carácter fiscal, e arrecadou 1,2 milhões de kwanzas, depositados na conta do Tesouro Nacional. O
comandante em exercício da Polícia Nacional no Uíge, subcomissário Adão Miguel, que presidiu ao acto, pediu aos efectivos da Polícia Económica para não darem tréguas às empresas fantasma e a
pessoas singulares ou colectivas que chegam ao Uíge com o propósito de ludibriar a população.
“Ultimamente, na província do Uíge, a criminalidade económica apresenta contornos, em alguns casos, semelhantes ao crime económico e organizado, que constitui uma manifestação social
desviante e susceptível de pôr em perigo a própria economia e a segurança da província”, declarou Adão Miguel, defendendo a adopção de medidas concertadas de modo a inverter o diagnóstico
actual.
O comandante pediu, ainda, aos efectivos da Polícia Económica para arregaçarem as mangas, utilizando todas as técnicas e tácticas à sua disposição para a detecção de crimes de natureza
económica.
Produtos inutilizados
Ao todo, 23 toneladas de mercadoria diversa, avaliadas em 12,6 milhões de kwanzas, foram apreendidas, no mesmo período, por ter sido considerada imprópria para consumo humano, com alguns
produtos a estarem fora do prazo de validade e outros mal conservados.
No âmbito do combate à exploração, transporte e comercialização ilegal de madeira, um recurso existente em abundância na província do Uíge, foram apreendidas pelas autoridades policiais 3.500
tábuas e 2.350 barrotes - avaliados em 8,8 milhões de kwanzas -, entregues ao Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) local.
J.A