Angola desperta consciência para regresso de nacionais.
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Bispo tocoísta Afonso Nunes | |
Luanda - O bispo tocoísta Afonso Nunes afirmou que Angola, com o desenvolvimento que está a atingir, tem despertado a consciência de muitos cidadãos, principalmente dos quadros que se encontram fora do país e se sentem incentivados a regressar.
O bispo da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo (tocoísta) em entrevista à Angop, a propósito do “alcance dos objectivos do Milénio”, defendeu que as estruturas de direito devem criar
condições de forma a que estes quadros sejam colocados em locais apropriados consoante a sua profissão.
Ao falar dos objectivos do milénio, o líder religioso advogou a necessidade de se adoptarem políticas no que concerne à educação com vista a se ter uma formação eficiente desde a base até ao
médio.
“Muitas pessoas se preocupam com a faculdade o que será uma faculdade se não houver ensino primário ou médio, não há um ensino superior de qualidade se não se tiver um ensino de base de qualidade
ou um médio de qualidade”, asseverou.
Segundo o líder religioso “Angola tem muitos quadros que são licenciados mas infelizmente não possuem uma base de formação sólida que lhes permita pôr em prática os conhecimentos adquiridos com
eficácia”.
No que concerne à saúde, advogou que para se solucionar algumas debilidades o Executivo deve adoptar uma política de aperfeiçoamento de quadros em todos os níveis.
Defendeu a necessidade de se voltar a formar técnicos básicos de enfermagem para serem colocados nos locais mais recônditos dos país, onde ainda não é possível construir-se um
hospital de referência ou um centro médico.
“Na minha óptica tem de haver enfermeiros com formação básica, os quais irão contribuir na redução da mortalidade infantil e materna, principalmente nos locais de difícil acesso”, afirmou.
Advogou uma reeducação dos técnicos de saúde ou de toda sociedade com o contributo da Igreja, com a realização de palestras e seminários com vista a recolocar a ética e a deontologia profissional
na consciência dos médicos e enfermeiros.
Em relação ao combate ao VIH/ Sida, afirmou que depois do congresso da sua agremiação, realizado em Julho passado, a direcção nomeada vai implementar um programa a nível nacional de
sensibilização e educação sexual.
“Antigamente falar da sida ou doenças sexualmente transmissíveis era um problema para nós na Igreja, mas quando vimos que a pandemia se alastrava para o seu seio achamos por bem não fechar os
olhos e chamar pelo nome e educar os nossos fieis como forma de prevenir estas situações”, rematou.
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