Oitenta e oito portadores de deficiências diversas estão desde o princípio do ano numa acção de formação profissional, na cidade do Uíge, nas áreas de serralharia,
sapataria, carpintaria, corte e costura e recauchutagem, no âmbito de uma iniciativa da Associação Nacional dos Deficientes Físicos.
Em declarações hoje (quarta-feira) à Angop, o responsável da Associação Nacional dos Deficientes Físicos no Uíge, Garcia António Vieira, disse que em relação a igual período anterior a direcção
registou um aumento de 24 novos deficientes nas acções formativas.
O responsável esclareceu que deste número 44 frequentam o curso de corte e costura, cinco na carpintaria, 25 para moagem, outros cinco em recauchutagem e quatro na área de sapataria.
Segundo disse, o projecto tem por objectivo proporcionar formação adequada e minorar as dificuldades que enfrentam no seu quotidiano. Além da aderência dos deficientes, o projecto tem vindo a
beneficiar também os filhos dos mesmos.
Garcia António Vieira disse ainda que ao nível da província a Associação dos Deficientes possui cinco moagens distribuídas nos bairros Candombe Novo, Kituma, Mbemba Ngango e Gai, duas
serralharias, uma carpintaria, recauchutagens, uma alfaiataria e outros serviços socais.
Avançou que para o presente ano, a sua direcção tem, entre outros projectos, a construção de cantinas comunitárias nos bairros periféricos da cidade do Uíge, bem como a expansão dos serviços de
alfaiatarias, serralharias, moagens e recauchutagens nos diversos municípios da província.
Deplorou a falta de equipamento suficiente e de financiamento adequado para melhoria do funcionamento da organização, tendo para o efeito solicitado a colaboração do governo, organizações não
governamentais e outros membros da sociedade, com vista a minimizar as carências actuais.
A Associação Nacional dos Deficientes do Uíge conta com 300 associados, dos quais mais de metade estão já inseridos no mundo do trabalho e tantos outros se ocupam da formação dos companheiros.
Angop