A realização de concurso de "Miss" nas terras do Kongo dya Ntotila, é uma abominação às terras sagradas
Por Branquima Afonso Kituma
Será consequências da globalização? Os portuguêses colonizaram Angola 500 anos, diz a história. Desses 500 anos, o colono só chegou a Damba nos anos 1900 e tal, o que esclarece que o povo de Damba não foi colonizado na sua maioria até porque o colonizador mereceu esfrega de carvão na cara, da parte do Líder do povo que encontrou. É por dizer que nem tudo que existiu no Damba foi levado, muita coisa ainda existe! A globalização não deve nos mudar ao ponto de nos colocar onde não podemos, nem queremos. O colono controlou administrativamente angola, mas não conseguiu controlar todas as terras de Damba, até porque o poder tradicional dirigia os povos com as legislatura tradicional do reino do Kongo, na língua Kikongo, pelos portas voz (Mvuala) ba Kongo. Muitos mindambas não cumpriram Ntongas, nem pisaram nos gabinetes dos colonos. Sendo a globalização um desafio a enfrentar, Damba também poderá se posicionar na imposição daquilo como ele é: Desfile em harmonia com a educação de modo de Damba na sua tradição Kongo dia Ntotila.
As meninas mindambas num concurso patricionado pela Administração da Damba
Quando os ocidentais ocuparam e colonizaram afrika, no reino do Kongo, só ocuparam as terras e dominaram nos corpos. A colonização não foi perfeita
porque não atingiram a mente Kongo, por isto ainda estamos com alguns conhecimentos herança da nossa tradição. Muitos povos desapareceram e nós ainda nos mantemos
firme no espirito. Na globalização, sendo um desafio a encarrar, não devemos nos deixar baratamente, ou borlamente. Em parte, essa situação dolorosa, permite a ver o outro lado de bem das meninas
de Damba. Havendo somente 7 desvinculadas, desorientadas, desreguladas, a maioria não aderiu, exactamente para demostrar que isto de exibir Kueka em troca do prémio, não é nossa maneira de ser,
nem consta na nossa filosofia. Com 37 regedorias e ter apenas 7, entendo que são miudas que trabalham na secretária da Administração e na JMPLA, aliciada só para lançar a imagem de que Damba
também organiza concurso de songa Mataku. Toda mulher de Damba é linda de tal maneira que não deveria ter só essas 7. Lembrem-se da canção: Ku Ndamba kwa nkatu BOBA, a NDUMBA kikulu
êhe!
Miss Damba 2013
Mesmo em Luanda, isso só vale para DINDAs governantes e responsáveis que elogiam por adorar isto! Tempos idos, colocaram a estátua de uma senhora nua, no largo do aeroporto 4 de Fevereiro, da qual foi inaugurada pelo governador de Luanda na altura em presença do Ministra da Cultura na altura na presença de muitos (maioritáriamente do MPLA). Quando começaram a chegar as reacções contra, os que aplaudiram a iniciativa, começaram a recuar. Deram o nome de Mona PÓ à estátua. O assunto chegou ao parlamento, as mulheres unidas revoltadas, entre elas deputadas do MPLA, o mais velho Roberto de Almeida, então presidente da Assembleia Nacional e todos os sexos masculinos não foram capazes de conter a revolução feminina. Qual foi o resultado? o PRS, partido regional das Lundas decidiu retirar seus deputados caso não fosse resolvido a situação que considerou de injúria e falta de respeito contra os povos. Foi assim que milagrosamente a estátua desapareceu. Ninguém sabe quando e como, os anti-motins retiraram do local e não se sabe onde foram deitar. Mas enfim, tipo de deputadas que referí, já não existem na nossa sociedade, seja na assembleia Nacional, no governo, na administração pública. As que temos são muito vulneráveis, alienáveis e de fácil manipulação. O mal é pretender contaminar o nosso povo, matando as nossas tradições. De globalização não quer dizer que não tenha de impôr a tua forma de ser até porque a integração é un desafio. Não devemos aceitar o que nos for imposto sem o nosso consentimento.
Porque ao evoluir dos tempos, o sisal ajudou a conservar os corpos e valorizar as mulheres. Se estamos a evoluir, porque devemos incutir ainda o retrocesso, pior ainda do lado da imoralidade?
Deve se abster dos critérios da exibição de biquinis das meninas de Damba por não é próprio na moral das pessoas da região Kongo. E se achar melhor fazer ao contrário, então que desfilem sem soutien e sem biquini, para ver bem.
"Dinga e mbizi mu nzungu, yi mana nzungu a mvimba". É a publicidade de "yala e nitu" que vai se propagando. Espero que organizem o desfile com tangas de todas as 1ª damas (da presidência aos governadores de províncias) porque é bom apreciar a beleza ! Continuo a protestar contra esta orientação a imoralidade, a prostituição, semente do anti Cristo, Mbeni Nkadia Mpemba, no seio das minhas. Apelo ao respeito das culturas e tradições! Kongo não é Portugal, nem um qualquer reino ocidental. Ingeta. O adulto ou idoso que queira ver a nudez das meninas para se recordar dos seus tempos da juventude, que se dirija na praia de Luanda.
Babilônia na Damba. ABOMINAÇÃO DA TERRA SAGRADA. Melhor é declarar combate contra a intoxicação das novas gerações afim de evitar uma neolonização. Trata-se de uma flagrante violações aos nossos Costumes. Até o Huembo(*) a Kongo, Governador da província admite isto!!!
Damba também organiza o concurso "Songa mataku" (Imagens de M.G.D Tungo)
A beleza das meninas de Damba é visível mesmo sem precisar que elas exibem biquini. A foto nº 3 por exemplo, não provoca reprovação, ao passo que a foto nº 2, (na imagem) expressa esclavagismo, retrocesso, alienação, mentiras, mensagens essas que são contrárias as verdades sobre o povo de Damba.
Isto é que traz mais frustração! E kia fu kia talanga e ma kueka ma a leke, ma lukotese diaka ku Damba!? Começar a ver biquini das meninas e fomentar a prostituição na minha terra! Ja estão a importar virus de imoralidade para o município! Muna kinkulu kieto, kamba e se mona kuandi e kimpeni kia muana? Não gostei.
(*) Nfuntilu na Huembo é uma das principais clãs (Kanda) do antigo reino do Kongo.
Fonte: Grupo ANADAMBA / facebook