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04 Sep

FESTAS DA DAMBA: - ADMINISTRAçÂO MUNICIPAL DA DAMBA APELA AOS PATROCINADORES PARA SUPORTAR ALGUMAS ACTIVIDADES.

Publicado por Muana Damba  - Etiquetas:  #Coisas e gentes da Damba, #A luta de libertação de Angola

FESTAS DA DAMBA: - ADMINISTRAçÂO MUNICIPAL DA DAMBA APELA AOS PATROCINADORES PARA SUPORTAR ALGUMAS ACTIVIDADES.

FESTAS DA DAMBA.

ADMINISTRAçÂO MUNICIPAL DA DAMBA APELA AOS PATROCINADORES PARA SUPORTAR ALGUMAS ACTIVIDADES.

Por Miguel Kiame

Estão em vias de efectivação imediata as Festas da Damba. A Administração Municipal, entidade organizadora, já deu o mote. Apela aos patrocínios para suportar algumas actividades que supomos serem de circunstância, apenas do momento.

Nada contra.

A minha preocupação, dirigida aos mindamba, como elementos integrantes da sociedade civil, coloca-se noutra dimensão. Nenhum de nós (membros dessa sociedade civil) ainda se pronunciou mas convenhamos que as Festas da Damba devem ser aproveitadas para dar azo à diversão e às práticas desportivas e recreativas, como é óbvio, mas também como oportunidade de ouro para uma reflexão séria sobre a nossa terra, uma conversa amena em família, sem complexos, com os Mindamba de todos os quadrantes, colorações partidárias e credos.

É verdade que já se realizaram mil e uma reuniões em Luanda e na diáspora. É igualmente verdade que já se criaram associações de todo tipo e feitio. Ora, a característica comum de todas elas foi o facto de serem “fogo de palha”. Tudo começou com muito alarido, muita empolgação mas passou rapidamente.

Foi tudo muito fugaz, dir-se-ia, uma “paixonite”. Outra característica comum é que todas elas foram concebidas e paridas em Luanda e/ou na diáspora, fora do real e profundo contexto situacional e do âmago das nossas populações, na Damba.

Por que não mudar de estratégia?

i. Em vez de conceber e parir associações e/ou outros grupos de interesse em Luanda, por que não concebê-los e pari-los “in situ”, isto é, na Damba, com a participação activa das forças vivas aí residentes?

ii. Em vez de criar corpos directivos domiciliados em Luanda, por que não injectar gente residente na Damba? Os não residentes, cuja importância de participação é decisiva, poderão e deverão actuar na qualidade de consultores, conselheiros, “mbanda-mbanda”, como diriam os mais velhos.

iii. Não nos preocupemos com os títulos e estatutos que granjeamos, fruto do nosso empenho académico e das funções que ocupamos nas diferentes organizações. Eles (títulos e estatutos) são inegavelmente importantes mas por si só, não resolvem nada.

Cada um de nós (com ou sem título) com o seu saber e engajamento tem uma importância ímpar na cadeia de valores da nossa Casa-Comum. Por isso, acolhamo-nos e aceitemo-nos simplesmente como filhos da terra que todos amamos.

O facto de o corpo directivo ser residente na Damba, confere-lhe maior capacidade e elasticidade:

a) No acompanhamento permanente da vida do município;

b) No estabelecimento como parceiro estratégico da Administração, por um lado, e das autoridades tradicionais, por outro;

c) No aconselhamento e definição de políticas de desenvolvimento comunitário;

d) Na pressão adequada no sentido de obter assentos nos órgãos de Concertação social, ao nível municipal e comunal.

e) Etc, etc, etc

Não pretendo esgotar as ideias e propósitos aqui neste espaço, porque esta é a questão e a ideia-mãe a ser debatida por todos nós, num eventual encontro na Damba, por ocasião das Festas da Damba.

Não pretendo, outrossim, que no curtíssimo espaço de tempo seja já parida e divulgada aos quatro ventos, isto é, trazida à luz do dia, com todos os seus órgãos, organogramas funcionais e estatutos uma entidade qualquer, sem a ponderação, análise e cuidados aturados.

Lembremo-nos que a pressa é inimiga da perfeição. A precipitação pode também ter estado na origem do nosso reiterado fracasso. Por isso, se por qualquer eventualidade a reunião não se realizar, como pretendemos que seja, não nos devemos rotular como fracassados. Vamos dar tempo ao tempo. Sejamos persistentes porque a vitória está irremediavelmente do nosso lado. O que é preciso é não desistir.

Eu reputo isto de suma importância. E você? Então, o que está a espera para agir? Repudie o comodismo. Vamos ao que interessa: Divulgue, partilhe, participe! Seja optimista, seja mundamba de gema, comprometido com a Damba. Este é o momento.

A partir de 5 de Setembro, assentarei as minhas bases no Kinzenze, na Damba, obviamente. Lá te espero.

Força, membros da ANADAMBA e mindamba doutras organizações!

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