O pão do Fonseca, já não é o mesmo!
Por Makunza Tungu "Toni Sofrimento"
O pão já não é o mesmo.
Sem ser o do “Fonseca”, cujo aroma, transformava a parte central da vila, num local bom para estar e viver. À porta da padaria, o aroma vinha acompanhado da quentura do forno e o frio de rachar da manhã de cacimbo, perdia o agreste e assumia-se cálido.
A cor e a textura, nada confundiam. Não havia outro com quem comparar. Não era necessário. O lugarejo se sentia satisfeito com o que do forno do “Fonseca” vinha.
Era restrito o consumo. Nos arredores e mesmo na vila, havia coisas mais naturais para o alimento. A mandioca, batata doce, o milho, a abóbora, o inhame, o bombó, a ginguba, o sawa, sem falar do funge que restava da véspera, assumiam o mata-bicho.
O pão tinha características próprias. Pouco espesso, moderadamente fermentado, textura estalida quando quente ou frio, sal a gosto, de longa duração.
O pão já não será o mesmo.
Os tempos mudaram.
Levaram o que hoje é saudade.
Trouxeram o que se vai depois da primeira dentada.