Crise no PDP-ANA soma e segue
Sediangane Mbimbi continua a declarar-se presidente da organização política, a despeito da decisão do Tribunal Constitucional (TC) que reconheceu Simão Makazu como líder legítimo.
Em declarações exclusivas a OPAÍS, Sediangani Mbimbi disse que não reconhece a nova figura eleita presidente do PDP-ANA, no congresso de Março de 2015, alegando que o mesmo não pertence ao partido. Sediangani Mbimbi acusa o seu sucessor de pertencer a um comité de especialidade do MPLA. “Eu sou o presidente do partido”, insistiu. Por outro lado, afirma que o PDP-ANA(Partido Democrático para o Progresso de Aliança Angolana) decidiu não observar a decisão, que considera como sendo “injusta”, tomada pelo TC, afirmando que este órgão “é cúmplice na desestabilização do partido, “como o fez, anteriormente, com o PADEPA, a FNLA e a UNITA”.
O político defende que os Estatutos do partido dizem que quem deve convocar os membros para as reuniões, congresso ou comité central é o presidente. De acordo com Sediangane Mbimbi, o Tribunal Constitucional criou um partido dentro de outro com a intenção de eliminar o PDP-ANA. No seu ponto de vista, a “justiça em Angola não funciona, é uma arma de combate contra a Oposição”.
Aconselhou o TC a deixar de obedecer ao que descreveu como “ordens superiores”. Ouvido por OPAÍS, Simão Makazu, o líder reconhecido pelo Tribunal, defende-se das acusações DRdizendo que a nova direcção do partido não é um comité de especialidade do MPLA. E, sustentando que a sua legitimidade foi-lhe conferida pelo TC, diz que “o MPLA é o MPLA e o PDP-ANA é o PDP-ANA”.
Via o país