Produção agrícola no município da Milunga dobra para 30 toneladas
Uíge - A produção agrícola no muncípio da Milunga, província do Uíge, vai aumentar na ordem das 30 toneladas até ao final da época agrícola - o dobro das quantidades obtido ano transacto, disse hoje, terça-feira, o director municipal da agricultura da circunscrição, Joaquim Chitas.
Segundo o director, a presente cifra é uma estimativa dos camponeses que resulta da extensão das áreas de cultivo, incentivada pela mecanização da agricultura na Milunga.
O responsável disse que a nível do município estão organizadas, e em plena actividade, 116 associações de camponeses compostas por 4.515 associados e duas cooperativas com 254 membros.
Disse ainda que mais de 14 mil hectares foram distribuídos na sede do município e nas três comunas, nomeadamente Macocola, Massau e Macolo, estão a ser trabalhados.
Esclareceu que este aumento da produção agrícola é fruto dos esforços da administração municipal que está a implementar o processo de uma produção agrícola mecanizada, o que antes não era possível.
“ Os camponeses nesta região estão empenhados na produção agrícola, por formas a contribuir para a diversificação da economia e garantir sustentabilidade das famílias”, disse, acrescentando que a terra é totalmente fértil, não necessita de adubo, possuindo o sulfato de amónio em grande quantidade, que facilita o desenvolvimento das plantas para a produção dos alimentos.
Disse que em função da produção da época agrícola finda, os camponeses têm no terreno grandes quantidades de produtos agrícolas já colhidos e que aguardam o seu escoamento, sobretudo a mandioca, crueira, batata doce, banana, pevides, feijão, abóboras e milhos.
“Enfrentamos algumas dificuldades no escoamento dos produtos devido à inacessibilidade das vias de acesso, mas neste momento estamos esperançosos porque a administração municipal já contratou algumas empresas compradoras e com capacidades aceitáveis, que poderão facilitar o escoamento dos produtos do campo para cidade. As mesmas empresas oferecem capacidades para ir ao encontro dos camponeses no terreno”, enfatizou.
Além da produção agrícola, prosseguiu, os camponeses estão empenhados no fomento da pecuária na região. Nesta primeira fase, o sector da agricultura controla 59 criadores de gado com 1.383 cabeças de gado bovino, 14.017 caprinos, 5.102 suínos, 8.339 ovinos e mais de 25 mil aves diversas.
Esses animais, esclareceu, pertencem na sua maioria aos criadores privados organizados em associações e cooperativas dedicadas no desenvolvimento da pecuária na circunscrição.
A administradora municipal de Milunga, Delfina António Henriques, frisou que nesta fase que o país está atravessar, todas as atenções estão viradas para a diversificação da economia local, e o município de Milunga dispõe de potencialidades agrícolas, florestal e hídrica, que permite a produção dos alimentos em grandes quantidades.
“Estamos a desenvolver a agricultura mecanizada a nível do município para facilitar e melhorar a produção agrícola. Nas localidades onde não há impossibilidade de entrar máquinas de lavoura. A administração está a distribuir kits de instrumentos de trabalho e sementes melhoradas que permitem um bom rendimento no fim da época agrícola”, realçou a administradora.
Relativamente à inacessibilidade das vias, Delfina Henriques tranquilizou a população e encorajou os camponeses a continuarem a produzir cada vez mais, visto que a administração municipal está em constante colaboração com o governo provincial para se encontrar uma solução mais viável na melhoria das estradas secundarias e terciárias.
“Temos algumas dificuldades de acesso às comunas de Macolo e Massau devido às enxurradas que caem todos os dias. As vias estão a degradar-se cada vez mais, mas queremos tranquilizar os camponeses que a administração está a realizar esforços para que juntos do governo provincial se encontre soluções imediatas para melhorar a circulação de pessoas e bens”, garantiu.
Com uma superfície geográfica de sete mil e 733 quilómetros quadrados, o município de Milunga está localizado à 235 quilómetros a nordeste da sede capital da província do Uíge. É limitado a norte pelo município do Quimbele, à sul a província de Malanje e a Oeste pelos municípios do Sanza Pombo e Buengas e a Leste a República Democrática do Congo.
A sua base económica assenta na produção do café, ginguba, mandioca, feijão, milho, pevides, inhame, arroz em pequena escala e outros produtos alimentar da região.
Possui uma população de 48.158 habitantes, na sua maioria camponesa, distribuídos em quatro comunas: Santa Cruz, Macocola, Massau e Macolo, 16 regedorias e 218 aldeias.
Via Angop