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03 Apr

ACESSO AO CAN 2017, o “fimbu” que nos remeteu à calculadora

Publicado por Muana Damba  - Etiquetas:  #Notícias do Uíge

Os congoleses festejando com o "fimbu" depois de marcar um golo.

Os congoleses festejando com o "fimbu" depois de marcar um golo.

Por Álvaro Victória

O recurso à calculadora há muito que se tornou marca nas hostes dos Palancas Negras. Antes da dupla-jornada, a condição de líder era o estatuto dos angolanos no Grupo B de corrida ao CAN. Depois das derrotas com a RD Congo, alcançar o segundo lugar, com o máximo número possível de pontos, passou a ser a meta de um trajecto com destino ao Gabão que está seriamente comprometido.

Foi o “fimbu” (chicote), e não o semba, a kizomba ou o kuduro, que triunfou nos relvados (e nas bancadas) dos estádios dos Mártires, em Kinshasa, e 11 de Novembro, em Luanda, nas duas concorridas partidas de futebol entre Leopardos e Palancas, de corrida ao CAN 2017, a decorrer no Gabão.

Até antes da realização do primeiro jogo, no sábado, 26, não era comum condicionar a supremacia da vizinha República Democrática do Congo sobre os angolanos, face ao palmarés e ao actual momento do futebol das duas selecções vizinhas.

Bastou uma exibição vistosa, apesar da derrota por 2-1, em Kinshasa, para que muitos angolanos embandeirassem em arco e ousadamente colocassem os Palancas Negras no
mesmo pé de igualdade com uma selecção que já foi campeã africana e que detém o título continental do CHAN.

Entretanto, quem mergulhou na ilusão do atrevimento teve que se vergar à humilhação sofrida pela Selecção Nacional em plena capital angolana, na transformada em frenética terça-feira, 29.

As expectativas à volta de um desfecho favorável aos angolanos foram tantas, que ficaram patentes no quase lotado majestoso estádio 11 de Novembro, que esteve próximo das 50 mil almas que “engole”.

“Hoje é surra!”, podia ouvir-se de viva voz nos vários adeptos angolanos, e também se ler, seguindo o mesmo diapasão, nos vários cartazes expostos entre os dois anéis da actual catedral do futebol angolano, sita no Camama.

No “jogo” do público, já era de se esperar um certo equilíbrio, em virtude de o território angolano ser um dos pontos preferíveis de imigração dos congoleses, amantes ferrenhos do futebol.

Cidadãos da RD Congo, saídos principalmente dos bairros do Palanca, Mabor e Sapú, responderam, à medida, à necessidade de garantirem o “12.o jogador” à sua selecção.

Para um jogo considerado “de risco”, muito se deveria exigir à organização. Esta, por questões de segurança, dividiu as claques, colocando-as em partes diferentes do estádio.

Uma demarcação que permitiu calcular, pelas cores que “vestiram” as bancadas – “casados” no vermelho e amarelo, a diferença é apenas o preto de Angola e o azul dos congoleses –, uma ligeira supremacia dos angolanos em termos de número na assistência.

Vantagem que, no entanto, não provocou desequilíbrios significativos em termos dos habituais ruídos e cânticos nas bancadas. Uma verdadeira manifestação de emoções que 3 de Junho RCA - Angola.

Via NJ

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