Por Davide Filipe
A Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) insiste no diálogo interno para aproximar os militantes, amigos e simpatizantes deste partido histórico.
O veterano Ngola Kabangu defende a dinamização das actividades do partido em todo o território nacional de modo a preparar a FNLA para os vários desafios que se avizinham, de entre os quais as eleições autárquicas e gerais de 2017.
O ex-líder do grupo parlamentar da FNLA pede a exploração de todas as vias externas (incluindo a comunidade internacional) susceptíveis de ajudar a FNLA a reconciliar-se.
O nacionalista condena a maneira ilegal e injusta como foram substituídos os comissários eleitorais indicados pelo partido e apela à Assembleia Nacional a fazer respeitar a lei, a ordem e a paz.
Ngola Kabangu disse que o Tribunal Constitucional errou ao reconhecer a liderança de Lucas Ngonda. “A FNLA não é um partido satélite, nem nunca será”, frisou, voltando a sublinhar a necessidade de unificação partidária para que seja forte.
“Temos de mudar a situação e virar a página”, afirmou Ngola Kabangu, que fez notar que é sua intenção fazer tudo para que o partido se possa reencontrar.
Relativamente à situação económica e social do País, Ngola Kabangu apelou ao Executivo angolano a identificar as prioridades para o desenvolvimento de Angola, embora pese a situação de crise económica.
A FNLA foi um dos três partidos angolanos que, juntamente com o MPLA e a UNITA, assinou com Portugal, em 1974, os acordos de Alvor, que levaram o País à independência.
Nos últimos anos, o partido ‘dos irmãos’ mergulhou numa crise interna que o dividiu em duas alas, a liderada por Ngola Kabangu e a de Lucas Ngonda.
Via N.J