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15 Sep

Não vou participar nas festas da Damba, porque não fui convidado !

Publicado por Muana Damba  - Etiquetas:  #Coisas e gentes da Damba, #Notícias da Damba

Por Miguel Kiame

Depois de ter participado na 1ª Edição das Festas da Damba, essencialmente nas calorosas discussões que envolveram personalidades das mais diversas franjas da sociedade mundamba, hoje o cenário que nos é dado a observar, resume-se em pálidas imagens, algumas delas desfocadas pela névoa que ainda resiste à estação quente, alusivas, segundo se comenta e se descreve, no mais obstinado laconismo, como sendo a 2ª Edição das Festas da Damba. Fico bastante apreensivo e boquiaberto quanto ao silêncio que se deliberou votar à matérias de suma importância postas à análise minuciosa, o ano passado, de autoridades tradicionais, académicos, políticos e nós, sociedade civil, sob a participação exemplar do Governador da Província. O que a todos movia e se consubstanciava no denominador comum era, sem sombra de dúvidas, o desenvolvimento socioeconómico do Município da Damba.

Ano passado, no final das actividades, publiquei uma crónica sobre o desenrolar da 1ª Edição. Desta vez, sacudido por um misto de sentimentos de falta de informação, impaciência e exasperação, resolvi sair da toca ainda antes de as “festividades” passarem pela fase inicial de aquecimento. Pessoalmente, cheguei de cogitar a possibilidade de ir à Damba, mas depois de uma breve reflexão, não foi difícil concluir que seria perca de tempo uma vez que não dispunha de convite para uma participação de facto e de jure. Na minha idade, o entusiamo juvenil para viver intensamente as delícias de uma festa na sua concepção meramente jocosa, já não são suficientes para me fazer mover de Luanda a Damba. Precisava de algo mais substancial que aliado ao aspecto “Kizomba”, sustentaria essa deslocação.

Assim sendo, no universo da minha imaginação, uma série de interrogações ficaram sem resposta:

i. Ficam adiadas, sine die, os trabalhos de levantamento histórico do Município, encomendadas a uma equipe de peritos em termos de História local?
ii. Que avaliação teremos sobre um leque de recomendações traçadas às quais se deveria dar corpo ao longo do ano findo (14 Setembro 2014 a 13 Setembro 2015)?
iii. Será que o momento de crise que vivemos há-de pôr em estado de hibernação latente as discussões técnicas sobre as linhas de desenvolvimento do Município?
iiii. Se é de todo aceitável a congelação de gastos supérfluos ante o inabalável ascendente da crise, não seria, todavia, o momento propício para aguçar o engenho no tempo de crise e de propor e estudar com as forças vivas mindamba’s o tal de “diversificação da economia” local, mesmo que os convidados fossem alvitrados de assumirem globalmente as suas despesas?

Só queria perguntar.

O Sr. Governador Paulo Pombolo acompanhado pelo Prof Miguel Kiame e o piloto Fortunato Landa, na primeira ediçâo das festas da Vila da Damba.

O Sr. Governador Paulo Pombolo acompanhado pelo Prof Miguel Kiame e o piloto Fortunato Landa, na primeira ediçâo das festas da Vila da Damba.

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