Melhorado nível de vida dos munícipes
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Por António Capitão
O administrador municipal de Maquela do Zombo, Benji Moko Henriques, considerou que a criação da futura Zona Franca, na área do mercado internacional de Masseke, 11 quilómetros do posto fronteiriço de Quimbata, vai nos próximos dias contribuir em grande escala para o desenvolvimento socioeconómico daquela região da província do Uíge.
O responsável salientou sábado que a criação da Zona Franca vai permitir o aumento das trocas comerciais com a República Democrática do Congo (RDC), das receitas tributárias e as oportunidades de negócios para os munícipes, ajudando a alcançar melhores níveis de vida.
O administrador disse ainda que o posto aduaneiro e a futura Zona Franca de Quimbata vão igualmente contribuir para o aumento da capacidade tributária do munícipe e da renda familiar e melhorar a sua qualidade de vida.
Desde 2003, salientou, o município de Maquela do Zombo tem registado progressos nos mais variados sectores sociais e económicos. Hoje, a região conta com 111 escolas, algumas construídas com material local nas comunas.
O município conta com 400 professores para garantir o processo de ensino e aprendizagem, da iniciação ao segundo ciclo do ensino secundário. Benji Moko Henriques disse que está projectada a construção de mais escolas nas aldeias que fazem fronteira com a RDC, para evitar que muitas crianças estudem no país vizinho e deixem de ser influenciadas pela cultura e a língua daquela região.
O sector da Saúde começa a expandir-se e a ser mais abrangente com a construção de outros escolas postos de saúde nas comunas e aldeias, além da criação de equipas sanitárias móveis e avançadas. Além do velho hospital municipal, existem também 22 postos de saúde e aguarda-se a construção de uma unidade sanitária de referência na sede de Maquela do Zombo.
Os cuidados de saúde são garantidos por cinco médicos e 84 enfermeiros, números considerados irrisórios pelo administrador, que pretende mais 20 médicos e 216 enfermeiros, para uma melhor prestação de serviço à população.
O administrador disse que existe um grande esforço para a humanização dos serviços de saúde. “Queremos desencorajar a população a ir para a RDC em busca de assistência médica, uma vez que o tratamento médico prestado não difere do nosso”.
Em Maquela do Zombo, assegurou o administrador, há assistência médica gratuita, unidades melhor equipadas e com medicamentos suficientes. A agricultura é outro sector com bons indicadores de crescimento, também por causa de um maior incentivo para a produção familiar e a criação de mais cooperativas e associações de camponeses.
O administrador disse que a actividade comercial está a ser substituída pela massificação da produção local para abastecer o mercado da região e das grandes unidades comerciais.
Neste momento, estão cadastradas 80 associações de camponeses, que produzem mandioca, gergelim, abóbora, hortaliças, feijão, ervilha e outros produtos, mas continuam a reclamar a falta de crédito agrícola para poderem produzir ainda mais.
O município é o principal produtor de peixe na província. Tem agora sete projectos de piscicultura, com realce para o de Quibocolo, onde existem cerca de 40 tanques para a criação de tilápia e bagre, com capacidade de 25 mil peixes cada. No município de Maquela do Zombo está instalada uma subestação eléctrica com capacidade de produzir dez mega watts, que fornece energia para as residências, iluminação pública e a várias infra-estruturas socioeconómicas.
O administrador referiu que apenas 1,8 mega watts são consumidos, e daí defender a implementação de mais unidades fabris, para maior aproveitamento do recurso.
Em construção está o sistema de captação e tratamento de água, bem como da rede de distribuição para 500 derivações. O produto vai ser captado no rio Luidi, próximo da sede municipal.
O sistema vai contar com um tanque reservatório aéreo, com capacidade para 150 mil litros, estando prevista a construção de 50 fontenários e lavandarias públicas para os habitantes de Maquela do Zombo, que celebrou no dia 8 de Agosto 104 anos de ascensão da localidade à categoria de vila.
Via Angop