Luís Fernando lança ‘Silêncio na Aldeia’, uma obra sobre o lugar a que ‘mais pertence’
Luís Fernando lança este domingo, dia 6 de Setembro, o seu 11º livro, e regressa, afinal, aonde tudo começou, à sua aldeia natal, em cuja varanda da escola, simbolicamente, escreveu os primeiros parágrafos da obra. Na Numeralogia Pitagórica 11 é um dos dois números mestres, os que são irredutíveis a um dígito.
Ao 11º livro Luís Fernando embebe a sua narrativa na terra a que pertence. E que não quer que um dia, quem sabe, se dilua nas metamorfoses do mundo sem que haja uma memória escrita do seu ser e da sua existência. Nas palavras do autor, ‘Silêncio na Aldeia’ é dedicado ao lugar do mundo que mais me pertence e amo, Tomessa, para que, no dia em que o seu ocaso se tornar absoluto – se chegar a sê-lo – sobreviva um testemunho escrito que (quase) conte como tudo aconteceu’.
‘Este livro, por todas as razões, está feito de páginas buriladas com Tomessa, suas gentes e suas memórias, sempre debaixo do travesseiro. Em 2013, quando me surgiu a ideia de o escrever, fiz questão de iniciar o processo na varanda da escola local, num ritual de gratidão à minha maneira, por ter sido ali, naquelas quatro paredes, a forja do bê-á-bá que abriu as avenidas que mais tarde percorri, na esfera da Literatura e em todos os outros domínios da vida’.
Luís Fernando, nascido no Uíge, em Outubro de 1961, escritor e jornalista, publicou o seu primeiro livro, ‘Noventa Palavras’, em 1999. Seguiram-se-lhe ‘A Saúde do Morto’; ‘Antes do Quarto’; ‘João Kyomba’ em Nova Iorque; ‘Clandestinos no Paraíso’; ‘A Cidade e as Duas Órfãs Malditas’; ‘Um Ano de Vida’; ‘Dois Anos de Vida’; ‘Três Anos de Vida’ e ‘Letras na Brasa’.
Participou, com 14 outros autores, na colectânea de contos ‘Estórias Além do Tempo’.
Em co-autoria com o escritor português Eduardo Águaboa escreveu o livro ‘Taras de Luanda’, recentemente lançado.
Foi admitido, em 2009, como membro da União de Escritores Angolanos (UEA), depois de dez anos a publicar com regularidade.
O escritor, confesso admirador da literatura latino-americana e do seu ‘realismo fantástico’, dos seus prodígios e das suas ‘realidades circulares’, e de Gabriel Garcia Marquez em especial, conduz a sua narrativa, bem escorada na realidade angolana, num limbo entre ficção e realidade que seduz o leitor.
Com 290 páginas, ‘Silêncio na Aldeia’ tem a chancela da Mayamba Editora, o que já é tradicional nas obras de Luís Fernando. O lançamento do livro, este domingo , dia 6 de Setembro, pelas 11h00, na União dos Escritores Angolanos, visa saudar os 40 Anos da Independência de Angola, sob o lema ‘Angola 40 Anos – Independência, Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento’.
Via Opais