Aumenta produção agrícola no Songo
Camponeses organizados em associações e cooperativas agrícolas no município do Songo, na província do Uíge, aumentaram, na última época agrícola, a produção da banana, café e citrinos, depois de beneficiarem de apoios consubstanciados em máquinas de lavoura, sementes e instrumentos de trabalho, disse sexta-feira ao Jornal de Angola a administradora municipal.
Adelina Pinto referiu que nos últimos três anos o sector agrícola cresceu bastante no município, onde mais de 300 toneladas de banana são escoadas, todas as semanas, para outras regiões do país.
O aumento da produtividade deve-se também às facilidades que os agricultores da região encontram no acesso aos créditos bancários, fruto do trabalho efectuado pelo Governo Provincial junto dos bancos.
“A localidade é potencialmente agrícola e possui terras aráveis que garantem a produção de uma grande variedade de alimentos e a Administração Municipal está empenhada no processo da diversificação da economia, reforçando a produção de alimentos no campo, para transformar a agricultura na base fundamental para o desenvolvimento da região”, disse a administradora.
O município controla 54 associações de camponeses integradas por mais de cinco mil associados. “Para facilitar o trabalho dos agricultores da região preparámos na presente época agrícola mais de 120 hectares de terra, que já distribuímos à população camponesa”, disse.
“Temos de produzir muito tomate, batata, banana, mandioca, feijão, citrinos, hortícolas e outros bens em grande escala, para, além de termos produtos para o consumo local, podermos também abastecer outros mercados da província e do país em geral”, referiu.
O responsável da Associação Agrícola de Quimussungo, Paulo Eduardo, afirmou que, apesar dos camponeses produzirem grandes quantidades de alimentos, a falta de meios de transporte e muitas vezes de compradores desanimam os produtores. “Produzimos grandes quantidades de produtos. Mas a associação não dispõe de meios de transporte para os escoar”, referiu.
O chefe da Estação de Desenvolvimento Agrário do Songo, Augusto Antunes, disse que nesta fase de crise financeira os camponeses do município não diminuíram a produção de alimentos, o que permitiu aos associados, nesta época agrícola, desenvolver a actividade em cerca de 11.215 hectares. “Temos a plena certeza de que o rendimento será bastante elevado e poderá superar o nível da última época agrícola, visto que na presente época o clima está favorável e as plantações estão a desenvolver-se bem”, referiu.
Projectos em curso
A Administração Municipal do Songo está a desenvolver vários projectos de impacto social e económico para o progresso da região. A administradora Adelina Pinto disse que para dar conforto à juventude, na sede municipal está em construção o Cine Clube e a Casa da Juventude, cujas obras caminham para a sua fase conclusiva.
Além disso, decorrem obras de construção de mais salas de aulas, de reabilitação de pontes e pontecos e de construção de centros infantis comunitários, para albergar crianças em idade pré-escolar.
A abertura de um centro de formação especial para cidadãos portadores de deficiências visuais e a instalação da repartição fiscal na sede do município constam também do programa da Administração Municipal para o presente ano. “Vamos também reabilitar as ruas da vila municipal, os lancis e colocar passeios, para dar melhor imagem à sede municipal”, afirmou.
O município do Songo dista cerca de 40 quilómetros da cidade do Uíge e o município tem uma superfície territorial de cerca de 2.800 quilómetros quadrados, subdivididos em uma comuna (Quinvuenga), 81 aldeias e 13 regedorias. A sua população é estimada em mais de 63 mil habitantes.
Via J:A