Governador exige igrejas ilegais a legalizarem-se
Uíge - O governador do Uíge, Paulo Pombolo, aconselhou, sábado, nesta cidade, as confissões religiosas que exercem as suas funções de forma ilegal nesta província, com vista a primar pela sua organização e legalidade.
O governante fez este pronunciamento durante um encontro que manteve com cerca de 90 líderes de igrejas ilegais sedeadas na província do Uíge, que visou chamá-los a atenção na necessidade de cumprirem com as normas plasmadas na Constituição angolana sobre o funcionamento das congregações religiosas.
Paulo Pombolo exigiu que as mais de 90 igrejas ilegais existentes na região se estruturem melhor, para que a sua mensagem seja bem entendida pelos cidadãos.
“Convidamos aquelas igrejas que até agora não têm o reconhecimento do Estado angolano (cerca de 90), que estão aqui presentes e se tivermos que fazer um levantamento do número de fiéis de cada uma, algumas não têm 100 ou 200 fiéis, para conseguir reunir a cifra requerida que a lei exige para a legalização de uma igreja”, admitiu.
Paulo Pombolo corrigiu, na ocasião, a má interpretação que passa a circular, segundo “o Governo não quer ver o seu povo ser evangelizado”, reafirmando que o Estado angolano é laico, permite a possibilidade dos cidadãos aderirem a qualquer religião, segundo a convicção de cada um, acrescentando ainda que não há nenhum Estado que não regula o funcionamento das instituições dentro do seu país, se assim fosse haveria uma desorganização.
O que se quer, esclareceu, é que as igrejas possam se legalizar, só depois disso que é podem funcionar e não como se tem constatado muitas ceitas religiosas exercem as suas actividades na clandestinidade.
Como disse, o Presidente da República está preocupado com o fenómeno religioso e defende a criação de medidas organizativas para que aquelas que estão fora da lei se legalizem.
Anunciou a existência de algumas congregações religiosas que têm a missão de reunir várias igrejas numa só, onde as igrejas consideradas como estruturas de base estão coligadas, para que se resolva o problema de encerramento constante de igrejas.
Aconselhou também que as igrejas trabalhem na evangelização e formação do homem novo, como devem ainda participar na educação das crianças e jovens, através de parcerias que têm com o Governo como já fazem algumas igrejas que constroem escolas, postos de saúde, que em muito ajuda a comunidade.
O encontro, testemunhado pelo director provincial da Cultura, José Caricoco Cussiquina, reuniu cerca de 90 líderes religiosos, fiéis das distintas igrejas, membros do governo e outros convidados.
Via Angop