A madeira do Uíge é saqueada de uma forma desenfreada
Por David Filipe
Se no sector comercial a situação é preocupante, a exploração da madeira pouco ou nada ajuda ao desenvolvimento da província mesmo tratando-se de uma região rica.
“A madeira é saqueada de uma forma desenfreada”, queixa-se o empresário deste ramo Antonio Gombo. Abordado pelo Novo Jornal à margem do quinto fórum de oportunidades de negócio que ocorreu na cidade do Uíge, Gombo pede a intervenção por parte do Governo a fim de se pôr cobro à situação.
“O corte selectivo de um pequeno número de espécies de árvores pelos empresários florestais e a não especialização das empresas do sector pode ocasionar a sua extinção”, queixaram-se os participantes ao encontro.
Os conferencistas concluíram ser necessária a criação de condições e incentivos para a construção de entrepostos de comercialização da madeira, evitando o enorme prejuízo à
economia local e a aceleração da degradação das infra-estruturas rodoviárias, que propicia o
aumento da sinistralidade rodoviária na região.
Pediram ao governo da província e ao Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural que reflitam e analisem conjuntamente a legislação sobre a matéria e as condições técnicas para o relançamento do café e que a partir do próximo ano se proíba a saída massiva de madeira da província.
Os participantes ao fórum de oportunidades de negócios exigiram ao Governo e às empresas
privadas existentes na região a criação de condições para o fomento e arranque de centros
de formação profissional em diversas especialidades florestais e a engajar a juventude em
tarefas úteis.
O comunicado refere ainda que nos próximos Fóruns sobre o café o Ministério da Agricultura
possa apresentar um estudo exaustivo sobre a situação do café a nível nacional, balanceando o grau do cumprimento dos planos sobre a matéria apontados pelo governo para 2013/2017.
Via Novo Jornal