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02 May

RDC tem a maior comunidade angolana

Publicado por Muana Damba  - Etiquetas:  #Notícias do país

Embaixador de Angola na RDC, Emílio Guerra. Imagem de arquivo

Embaixador de Angola na RDC, Emílio Guerra. Imagem de arquivo

A comunidade angolana residente na República Democrática do Congo, estimada em 165 mil pessoas, é a maior no estrangeiro, disse o embaixador angolano naquele país.

Emílio Guerra, que falava à Rádio Nacional de Angola (RNA), revelou que está a ser criada uma base de dados para se saber o verdadeiro número de angolanos a residirem na República Democrática do Congo.


Neste momento, decorre uma campanha de sensibilização na República Democrática do Congo que antecede o início da contabilização do número real de angolanos residentes naquele país vizinho, disse o diplomata angolano.


“Nós devemos ter aqui a maior comunidade angolana no exterior”, afirmou o embaixador. “Eles também não têm dados
fiáveis, mas os obtidos há dois anos apontavam para a existência, em três bairros de Kinshasa, de 165 mil”, referiu Emílio Guerra.


O embaixador angolano na RDC referiu ainda que apurar o número real de angolanos naquele país passa, inicialmente, pela sensibilização da comunidade,o que já está em curso. No ano passado, Angola deu início ao processo de repatriamento voluntário dos cidadãos nacionais refugiados na RDC, tendo como base 29.659 pessoas que, na altura, manifestaram interesse em regressar ao país. O Executivo criou as condições de reintegração dos ex-refugiados nas províncias do Uíge e Zaire, mas as províncias de entrada incluem Cabinda, Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico.


O processo de repatriamento é feito em coordenação com o Governo da RDC e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, mas Angola tem vindo a alertar os parceiros que há aspectos que têm de ser salvaguardados por questões de soberania e segurança de Estado.


Aos angolanos que regressam ao país é entregue um salvo-conduto como documento de viagem. O Ministério da Justiça, por intermédio do sector dos Registos e Notariado, procede ao registo, com equipas móveis que atribuem cédulas pessoais e emitem Bilhetes de Identidade.


Aos que optam por permanecer na República Democrática do Congo, após a emissão desta documentação, é atribuído o passaporte, que permite às autoridades congolesas entregarlhes um cartão de residente. No início deste mês, as autoridades congolesas deram início ao processo de registo dos cidadãos congoleses que residem em Angola, que é país de destino de imigrantes ilegais de várias nacionalidades. Diariamente, são travados nas fronteiras do país dezenas de imigrantes ilegais e o Serviço de Migração e Estrangeiros repatria, semanalmente, centenas, mas em todos os contingentes os congoleses democráticos são sempre a maioria.
Angola partilha com a RDC uma fronteira terrestre com cerca de 2.500 quilómetros, tendo sido este o país vizinho que mais refugiados angolanos acolheu nas mais de três décadas de guerra que o país viveu.

Via JA

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