"DAMBA DYA NZA KIMWENA" - Poêma
Por João Sanda de Miranda "Poêta do Uíge"
"DAMBA DYA NZA KIMWENA"
Atrás de angola ecoa vozes do silêncio,
no semblante da criança que mostra o clamor
no sorriso da inocência!
Kye! Kye! Kye!
Parias,
que riem a desgraça sem graça,
na escuridão de noites sem luar onde as vozes
das corujas entoam as melodias do desespero
Hi! Hi! Hi!
Choros na casa da vizinha Lusevikweno,
ao amanhecer do dia, onde faleceu sem
adoecer a menina Mampasi!
Aqui a tristeza familiarizou-se no ritmo da miadela
do Gato na ausência da felicidade
Miau! Miau! Miau!
No olhar triste da minha gente
onde a lágrima cria nuvens nos olhos avermelhados!
Na noite das núpcias do sofrimento e a pobreza
que a fome apadrinhou onde a miséria
auto-proclamou-se herói!
A vida não quer conjugar o verbo (Ter) no presente,
enquanto espero que Deus derrama a chuva de bênção!
Porque a chuva dos olhos queimou a terra da produção
sem a colheita!
Neste campo onde o inferno realiza os ensaios,
os olhos das panelas estão cegos.
na Damba dya nza kimwena.
João Sanda “De Miranda”, 21.08.2013.
Via facebook/ANDAMBA