Hospital do Songo necessita de médicos estomatologista e anestesista
Songo - A maior unidade sanitária do município do Songo, 40 quilómetros a norte da cidade do Uíge, necessita de dois médicos especializados em estomatologia e anestesia, para cobrir vagas, informou o director do hospital, Cassanda Lala João.
Segundo o responsável, na unidade hospitalar já estão instalados todos os equipamentos destas especialidades, mas não existem médicos, facto que obriga a evacuação de doentes que necessitam destes serviços para o Hospital Geral do Uíge.
De acordo com o médico, outro problema que enfrenta a direcção do hospital tem a ver com a falta de banco de sangue, facto que tem provocado que recorram a dadores familiares para tratar os pacientes com necessidade de transfusão.
“A malária está a liderar a lista das patologias mais frequentes registadas neste hospital, principalmente, nas crianças, o que tem provocado constante transfusão de sangue . E com a falta de um banco de sangue, complica a situação. Mas a administração já começou a construir uma estrutura no interior do hospital, para se dar resposta a esta questão. Com colaboração, acho que tudo será acautelado o mais breve possível”, admitiu.
Cassanda João lamentou o facto de muitos pacientes recorrerem primeiro aos terapeutas tradicionais e só depois de agravada a doença procuram as unidades sanitárias para tratamento, admitindo ser esta a questão que está na base do elevado índice de mortalidades na região, por intoxicação de medicamentos tradicionais.
O director Municipal de Saúde do Songo, Rodrigues Joaquim, ao fazer o balanço do ano transacto de 2014, deu a conhecer que durante este período foram registados 54.730 casos de malária, resultando na morte de 14 pessoas.
Rodrigues Joaquim acrescentou que nesta época foram distribuídos 3.000 mosquiteiros tratados com inseticida e dois mil outros serão distribuídos este ano.
Aproveitou a oportunidade para apelar à população, a primar pelas medidas de prevenção, como o uso correcto de mosquiteiros, destruição de charcos e outros locais de água parada, para evitar a multiplicação de mosquitos, apostando pelo saneamento básico dos quintais.
No município do Songo, funcionam 25 unidades sanitárias, das quais um hospital municipal, um centro de saúde e 23 postos médicos, em várias localidades da região. O quadro clínico é assegurado por 239 trabalhadores, 173 são enfermeiros entre efectivos e colaboradores, bem como cinco médicos.
O município do Songo possui uma extensão de 2.800 quilómetros quadrados, distribuídos em uma comuna, 13 regedorias, 81 aldeias, com uma população estimada em 62.362 habitantes.
Via Angop